Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Olímpio Franco


27/06/2011 10:47

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Olímpio Franco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/OLIMPIOFRANCOx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O Mundo Visto de um Satélite<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/OMUNDOVISTOx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Aurora Boreal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/AURORABOREALx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Embora superado pela ação do tempo, o abstracionismo persiste no Brasil, mas dando lugar à abstração cósmica, que tem em Olímpio Franco um afeiçoado seguidor.

Após a Segunda Guerra Mundial, o expressionismo abstrato americano começou a ser descartado na Europa, especialmente na década de 1960. A seguir, foi a vez de a abstração geométrica desaparecer, para dar lugar a tendências opostas, conhecidas sob denominações as mais diversas: abstracionismo lírico, gestual, tachismo, arte informal, paisagismo abstrato e outras.

O pintor não hesita, não se apavora frente a explosões desordenadas. Livre de toda e qualquer amarra, parte com a ousadia de sua juventude para a conquista do espaço e com audácia para dominar a estrutura rítmica do quadro.

Vastíssimas manchas cromáticas, com respirações fortes e sonoras, largos movimentos e o estreitamento da forma configuram um panteísmo fugaz e ao mesmo tempo envolvente. Essa imaginação cósmica do espaço pictórico se apoia sobre sólidas ondas nervosas, cujo papel principal é manter a arquitetura da paisagem extraterrestre no seio de uma ebulição deletável e desordenada da criação.

A matéria exerce um papel importante na obra desse jovem artista. Fluida ou espessa " dependendo do pincel ou do que a espátula espalha ", ela suscita contrastes sobre os quais verdes, azuis, amarelos ou vermelhos se entrelaçam.

Encantamento, choque ou até mesmo espanto constituem reações naturais do espectador, que, sem dúvida, pode constatar o domínio do espaço e a coragem do artista no ordenamento rítmico da obra. Sob nossos olhos se desenvolve um universo em contínua gestação.

Sua pintura revela algo que o artista projeta de sua polêmica experiência, porém inseparável do sentimento da própria existência. Nela constatamos que a expressão e a emoção podem andar perfeitamente em sintonia com a ordem e a clareza.

Nas obras Aurora Boreal e O Mundo Visto de um Satélite, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Olímpio Franco evidencia suas abstrações cósmicas sem uma ruptura brutal, com total liberdade, entre idas e voltas, entre realidade observada e realidade procurada.

Absorvendo plenamente suas aspirações juvenis, o artista manifesta através da arte sua explosão interior.



O artista

Olímpio Franco nasceu em São Paulo, em 1975. Iniciou sua carreira artística em 1997 e participou de inúmeras exposições em centros culturais e galerias no Brasil e no exterior, entre as quais se destacam: Grand Salon Fort Lauderdale Art Show, Pompano Beach, Flórida, Estados Unidos; III World Exhibition of Actual Arabe Visual Arts, Beirute, Líbano (2000); Centro de Cultura Contemporânea, Espace Auteuil e Galerie Brésil, Paris, França; Espaço Cultural H. Remanso, Punta Del Este, Uruguai; Feira de Caen, Normandia, França; Museu Nazionale di Villa D'Este, Roma, Itália; Gran Salon Real de Madrid, Espanha; Grande Salão Luso-Brasileiro, Lisboa, Portugal; Jacob K. Javits Convention Center, Nova York, Estados Unidos; Kulturzentrum Schule und Kultur, Hamburgo, Alemanha (2001); Museu de Arte de São Paulo, Galeria Prestes Maia; e 5° Biennale D'Arte Internazionale, Roma, Itália (2004).

Entre os prêmios que recebeu, destacam-se: Grande Medalha de Prata, Hamburgo, Alemanha; Grande Medalha de Ouro do Salão Luso-Brasileiro em Lisboa; Medalha de Ouro no Jacob K. Javits Convention Center, Nova York, Estados Unidos; Grande Medalha de Bronze em Punta Del Este, Uruguai; Medalha de Bronze no Gran Salon Real de Madrid (2001); Medalha de Ouro no Gran Salon Chileno e Medalha de Prata no Salon Arte Integración, Arica, Chile (2003); 1° Prêmio na Categoria Abstrato na 5° Biennale D'Arte Internazionale, Roma, Itália (2004).

Suas obras foram selecionadas para as seguintes publicações: Anuário de Arte e Artistas, 1°, 2° e 3° edições, São Paulo (2000, 2001 e 2002); Anuário de Arte Brasileira, Minas Gerais; Artes Plásticas Brasil, de Julio Louzada (2001); Anuário Consulte (2002/2003 e 2003/2004); Anuário Registro de Artes Plásticas, volumes 1 e 2; Anuário Luso-Brasileiro de Artes Plásticas, Portugal; XV Anuário Latino-Americano de Las Artes Plásticas, Argentina; e o livro Itália-Brasil, publicado pela Galeria Spazio Surreale, São Paulo (2003).

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