Polícia Militar homenageia capitão morto em 1970


12/05/2006 17:02

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Deputado Cel. Ubiratan com Angelina Mendes, mãe do homenageado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ubiratan Angelina Mendes.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Coronel Ubiratan Guimarães (PTB) participou na quarta-feira, 10/5, das homenagens pelos 36 anos da morte do capitão da Polícia Militar Alberto Mendes Júnior, realizadas no 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar (Rota) e que contaram com a presença de vários oficiais da PM e dos pais do homenageado, Angelina Plácido Mendes e Alberto Mendes, além de amigos, parentes e autoridades.

O deputado Coronel Ubiratan, ao lado do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, e do presidente do Tribunal de Justiça Militar, Ivanir Ferreira Castilho, acompanhou todas as atividades e fez a entrega das medalhas Cruz de Sangue, de grau bronze, aos praças Jesus e Edimir. O mérito é concedido àqueles policias que foram feridos em serviço e, posteriormente, retornaram a atividades operacionais.

Ao fazer a entrega das medalhas, o deputado lembrou da época em que fazia parte do efetivo do 1º Batalhão de Choque, no qual permaneceu por quatro anos. "Aqui tive experiências maravilhosas que me ensinaram, me fortaleceram e me proporcionaram momentos de muitas alegrias, mas também de muitas tristezas", disse emocionado.

No final da solenidade, o Coronel Ubiratan cumprimentou os pais do homenageado, Angelina Mendes e Alberto Mendes. Ele disse que o tenente Alberto Júnior, como era conhecido em sua base, foi um grande herói e está na memória de todos pelo exemplo de bravura e coragem. "Ele era um jovem sonhador de um caráter inigualável, que sonhava com a construção de um Brasil melhor, à altura da bonomia e da grandeza de sua gente. Essas são as lembranças que devem permanecer em nossas memórias", enfatizou o deputado.

História

O capitão Alberto Mendes Júnior faleceu jovem, aos 27 anos. Ele foi executado a coronhadas no dia 10/5/1970, por um grupo de terroristas liderados pelo desertor do exército Carlos Lamarca, que agiam na região do Vale da Ribeira e eram oposicionistas do governo federal, na época.

Durante uma emboscada levada a cabo pelos terroristas contra um destacamento da Polícia Militar, o então 2º tenente Alberto Mendes Júnior entregou-se como refém, em troca da liberação de seus homens, vários dos quais estavam feridos. Posteriormente, o oficial seria assassinado brutalmente e seu corpo encontrado após quatro meses, sepultado numa vala comum.

Desde garoto, Alberto Mendes Júnior manifestava desejo de ingressar na corporação. O sonho de criança só tornou-se realidade após o término do ginásio. Em 15 de fevereiro de 1965 foi alistado nas fileiras da corporação, por haver sido aprovado em todos os exames, conseguindo se classificar no curso para ingresso no Concurso Preparatório de Formação de Oficiais.

De espírito jovial e alegre, cativou desde o começo a amizade de colegas. Era o alegre "português", como era chamado. Sempre sorridente, dedicava-se com denodo e esforço ao serviço, desempenhando sempre com galhardia as missões que lhe eram concedidas. O convívio sadio da família plasmou-lhe o caráter firme e a excelente formação moral. Filho extremado, só deu aos seus pais alegrias e satisfações.

"Sem dúvida o capitão Alberto Mendes Júnior é um dos nossos maiores heróis", finalizou o Coronel Ubiratan.

coronelubiratan@al.sp.gov.br

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