CPI ouve cooperada que alega ter sido prejudicada pela Bancoop


11/05/2010 21:41

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Yara Regina Ferreira e Samuel Moreira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/BANCOOP - yara regina ferreira e dep samuel (4 of 4).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Yara Regina Ferreira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/bANCOOPyara regina ferreira6ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da CPI da Bancoop<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/BANCOOPcovas_relator 1ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares participam da CPI da Bancoop<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/BANCOOP - ROB_6261.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No dia 11/5 houve mais uma reunião da CPI que investiga supostas irregularidades e fraudes praticadas pela Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop). O objetivo foi ouvir Yara Regina Ferreira, cooperada da Bancoop, que alega ter sido prejudicada pela cooperativa na renegociação de sua dívia, o que a levou a perder o imóvel que havia adquirido.

Foi aprovado durante a reunião requerimento de autoria de Antonio Mentor e Vanderlei Siraque, ambos do PT, convocando a comparecer na CPI o promotor de Justiça José Carlos Blat e o ex-presidente da Bancoop e atual secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto.

A reunião foi presidida pelo deputado Samuel Moreira (PSDB), e teve ainda a presença dos parlamentares Vicente Cândido (PT), Bruno Covas e Ricardo Montoro, do PSDB, André Soares (PP), Chico Sardelli (PV), Roberto Moraes (PPS) e Waldir Agnello (PTB).

Yara contou que comprou uma cota referente ao apartamento 101, na Casa Verde. Segundo informou, pagou regularmente até que a prestação subiu dos aproximadamente R$ 700, que pagava, para cerca de R$ 2 mil. Após atrasar 9 prestações, a depoente fez um acordo com a Bancoop para quitar essas parcelas. Na ocasião, foi informada de que não atendia mais as exigências para ser cooperada.



Cooperada diz que Bancoop tomou seu imóvel



Para não perder o que já havia pago, passou sua cota para a filha, que atendia as exigências. Para isso, o imóvel originalmente adquirido foi substituído pelo apartamento 91, de outro empreendimento, na Parada Inglesa, transação que era permitida pela cooperativa. Continuou pagando regularmente até a parcela 41 de um total de 50, além de outras periódicas, que constavam do contrato. Nessa altura, foi convocada para uma reunião na cooperativa, na qual foi informada de haver um resíduo, a ser pago em parcelas de R$ 340,00, com o que concordou.

Posteriormente foi informada, em reunião na qual Vaccari esteve presente, que havia mais um resíduo, totalizando R$ 48 mil, a ser dividido em 24 prestações. Somados aos correntes R$ 2 mil que pagava até então, o total ficou fora de suas posses. Procurou a Bancoop para solicitar um novo acordo, que estivesse consoante com sua capacidade de pagar, e alega ter sido destratada a ponto de ter chamado a polícia. Mas não registrou ocorrência. A cooperada, tendo parado de pagar as prestações restantes, constituiu advogado para representá-la no processo. Considerada desistente, por falta de pagamento, a Bancoop passou a se considerar proprietária do imóvel e o vendeu a outro.



Questionamentos



Bruno Covas, relator da comissão, quis saber se a Bancoop tinha alguma ligação com o Sindicato dos Bancários. A depoente explicou que, apesar de inicialmente achar que a Bancoop estava avalizada pelo Sindicato dos Bancários, ficou sabendo, posteriormente, que este apenas cedera espaço, em seus informativos, para a propaganda do empreendimento que comprara. Indagada por Covas se ela fora a única reclamante de eventuais irregularidades da Bancoop, a depoente contou que outros adquirentes do mesmo prédio da Parada Inglesa, não tendo, como ela, concordado do alegado resíduo dos R$ 48 mil, pediram que a situação fosse investigada.

Respondendo a dúvidas de Waldir Agnello, a depoente afirmou que, na ação que move na Justiça contra a Bancoop, reivindica a posse do apartamento 91, da Parada Inglesa.

Vicente Cândido disse que em 2001 havia uma grande demanda por financiamento da casa própria, e a Bancoop era uma das poucas instituições a oferecer esse tipo de empreendimento. Cândido afirmou que a instituição entregou imóveis conforme rezavam os contratos a muitos cooperados, havendo apenas reclamações pontuais, como essas apresentadas pelos depoentes. Iara respondeu que apenas não concordou com a última exigência por não ter como honrar o compromisso extra de R$ 48 mil.



Requerimento



No final da sessão, foi aprovado requerimento da autoria de Antonio Mentor e Vanderlei Siraque convocando o o promotor de Justiça José Carlos Blat e o ex-presidente da Bancoop e atual secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto.

Covas leu correspondência a ele encaminhada por Ignácio de Loyola Brandão, que compareceu à comissão em 4/5, questionando a desqualificação de seu depoimento por não ser ele o proprietário de imóvel da Bancoop, mas sua esposa.

A próxima reunião será em 18/5.

alesp