Aulas de mentira

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste (SER), convidou a população de São Paulo para o evento que será realizado de 7 a 9 de dezembro, em Guarulhos, onde serão debatidas medidas socioeducativas. Uma delas será a situação dos menores infratores que, após cometerem crimes, são conduzidos à Febem e lá continuam seus estudos. No entanto, Mauro acusa a entidade de ministrar "aulas de mentira" e diplomar alunos sem a mínima condição de escrever o próprio nome.

Pelo bem da saúde

Ademar Barros Bezerra, do Sinsaudesp, denunciou o excessivo número de denúncias às casas de repousos. Segundo ele, muitas delas cometem maus-tratos contra os idosos, além de não cumprirem as leis trabalhistas. A votação da CPMF foi outro tema abordado por Ademar. O orador espera que o Senado Federal aprove a prorrogação do imposto, pois acredita que a arrecadação traz benefícios à saúde. Ele defendeu ainda a aprovação da emenda 29, que fixa os percentuais mínimos que o Estado deve investir na saúde.

Convite à população

Róbson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, convidou os cidadãos paulistanos para a eleição do Conselho Tutelar, a se realizar no dia 25/11, das 8 às 17h. Outro evento será o encontro de moradores de rua, que acontecerá na Casa, no dia 4/12, para discutir o projeto de lei de autoria do deputado Enio Tatto (PT). Róbson alertou ainda para a irregularidade praticada pela guarda civil municipal que, segundo ele, não usa tarjeta de identificação para camuflar os atos violentos cometidos contra camelôs e moradores de rua.

Preço de sangue

Ricardo Monteiro Souza (Manndella), da Diga Brasil Movimento Negro, ressaltou o feriado de 20/11, em que foi comemorado o Dia da Consciência Negra. Ele parabenizou o responsável pela aprovação dessa data e destacou que a história do Brasil foi construída com a participação dos negros. "Nós pagamos um preço de sangue e, por isso, a nossa história vale muito", avaliou.

Faltas injustificáveis

Rosangela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), criticou a postura do presidente do Sindicato dos Professores, Carlos Ramiro de Castro, por tentar justificar as faltas dos professores. Rosangela disse que esse é o papel da entidade, mas questiona quem é que vai defender o direito do aluno que se sente prejudicado.

Rico não pode morrer

É o que afirmou Maria Lima de Matos, delegada de polícia aposentada e membro do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida. A delegada caracterizou o governo Serra como "racista, nazista, preconceituoso e antidemocrata, que desrespeita o direito à vida que têm os pobres, os homossexuais, os negros e os catadores de sucata". Ela fundamenta sua assertiva no fato de que bairros da capital como Morumbi e Brooklin, por exemplo, têm policiamento significativo e que as 94 favelas do Guarujá, habitadas por pobres e negros, e a região da Sé, na capital, não o têm. "Só quatro ou cinco viaturas estão onde morrem negros, travestis e drogados".

Assédio Moral

Sárvio Nogueira Holanda, funcionário da Imprensa Oficial do Estado, reiterou seu pedido para o governador do Estado prestar atenção nas arbitrariedades que acontecem na empresa onde trabalha. Sárvio destacou que o governador não sabe o que acontece em relação às "licitações fraudulentas ganhas pelos amigos da direção". Também fez uma denúncia de que "o contador geral da Imesp foi dispensado para dar lugar a um cargo de confiança".

Pau-mandado

"O governo não tem caráter, mas o Ministério Público tem", opinou Josemar de Campos Silva, cidadão, que defende a instauração da CPI do Sistema Prisional. O requerimento, apresentado pelo deputado Olímpio Gomes (PV) e assinado por mais trinta deputados não foi atendido, por isso, Campos Silva entrou com um pedido junto ao Ministério Público para que a CPI seja instaurada. Ele destacou que, "como os integrantes do Ministério Público não são eleitos, não esquecem o voto que receberam". Ainda em referência ao requerimento de CPI ele considera que os trinta e um deputados que o assinaram são honestos. "O resto é pau-mandado".

Descaso

Cícero Santana da Silva, da Associação de Ambulantes e Comércios Fixos de Cidade Tiradentes, trouxe a questão do atendimento de saúde na região que representa. O Hospital da Cidade Tiradentes, "administrado pelo Hospital Santa Marcelina e pela prefeitura de São Paulo", apesar de grande não tem equipamentos adequados para um atendimento eficiente. "Os moradores não querem beleza nem tamanho: querem eficiência". O Jardim São Mateus e o Jardim Conquista também sofrem do mesmo descaso e os postos de saúde não têm médicos, nem remédios e destratam crianças e idosos. Santana da Silva crê que os políticos consideram a Cidade Tiradentes um curral eleitoral e pergunta "onde está o valor do voto do povo?".

União entre Chile e o Brasil

O chileno Alfredo Tercero Silva Silva, presidente fundador do Círculo Chileno Brasileiro de Integração enalteceu a união entre o Brasil e sua pátria natal, salientando os benefícios do intercâmbio sócio-cultural entre as duas nações.

Cobrando respostas

A promotora legal popular Vilma Pereira de Godoy Rodrigues voltou a agradecer o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Rebello Pinho, por uma resposta que o Ministério Público lhe deu ante sua reclamação. Ela reclamou, entretanto, de várias autoridades que não responderam suas reclamações. "Os órgãos públicos devem responder aos munícipes", protestou Vilma. A oradora disse que, em Taboão da Serra, há escolas que cobram dos alunos pelas cópias tiradas e também têm exigido que os alunos justifiquem quando vão à escola sem o uniforme.

Criticas aos professores

Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos, utilizou a tribuna para responder a uma professora de Taboão da Serra que enviou uma carta ao jornal Hoje, que circula naquela região. Segundo Cremilda, a professora não gostou de ouvir suas críticas, mas a oradora insistiu, afirmando que os professores de escola pública não estão acostumados a serem cobrados. Ela disse que essa categoria profissional é muito valorizada e que o professor de escola pública precisa ser fiscalizado. "Ganhar pouco não é motivo para não trabalhar", finalizou Cremilda.

União das mulheres

Conclamando a união das mulheres, Mérice Andrade de Quadros, da ONG Embu Guaçu em Ação, disse que já não agüenta mais tantas atrocidades no país. Ela citou casos recentes de violência contra a mulher, dentre eles, o cometido pelo jornalista Pimenta Neves e de uma jovem adolescente que foi morta por estar grávida. "Que país é esse que não se manifesta?", questionou Mérice. Ela chamou o Judiciário brasileiro de machista e pediu uma postura mais firme do ministro da Justiça.

O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.