Frente em Defesa da Ferrovia recebe secretário dos Transportes Metropolitanos

Deputados esperam que a malha ferroviária volte para a mão do Estado
22/03/2012 19:11

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Reunião da frente ferroviária<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/FrenteFerrovias22mar12Rob5.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jurandir Fernandes, Mauro Bragato e Welson Gasparini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/FrenteFerrovias22mar12RobSecJurandirFernandesEDepsBragatoWelson.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> João Caramez, Maria L. Amary e Hamilton Pereira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/FrenteFerrovias22mar12Rob3.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, presidida pelo deputado Mauro Bragato (PSDB), recebeu nesta quinta-feira, 22/3, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Segundo os deputados, o objetivo da Frente Parlamentar é sensibilizar o governo estadual para que o transporte ferroviário ganhe importância em todo o Estado. "O que queremos é colocar a questão da ferrovia na agenda do governo estadual e ampliar os investimentos neste tipo de transporte não só na região metropolitana, mas para o interior", argumentou Bragato.

O deputado Hamilton Pereira (PT) destacou que a frente retoma os trabalhos de uma CPI que analisou a situação da malha ferroviária no Estado e constatou que está abandonada, sem qualquer manutenção por parte das concessionárias. "O trem deve ser visto como alternativa concreta para o deslocamento da população não só na Região Metropolitana de São Paulo, mas integrando a capital a Sorocaba, Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto etc. A frente deve também buscar a interlocução entre o governos estadual e federal, no sentido que a malha ferroviária paulista volte para a mão do Estado e que os contratos com as concessionárias sejam revistos", disse.



Balanço e planos futuros



Jurandir Fernandes fez um balanço do que já foi investido na rede metropolitana de transporte com destaque para o Metrô e a CPTM. Ao apresentar números do aumento de oferta, o secretário destacou que houve um crescimento exponencial do número de passageiros. "Só com a linha 4 tivemos um acréscimo de 600 mil passageiros por dia. Em um ano, mais 1,1 milhão de passageiros passaram a usar o transporte interligado da ferrovia com o Metrô", informou.

O secretário apresentou também as metas de expansão do sistema até 2014, com o acréscimo de 44 km na rede da CPTM, com oito novas estações e a incorporação de 125 novos trens. No Metrô está prevista a entrada em operação de 27 novas estações, com uma ampliação de 30 km de cobertura e a incorporação de 15 novos trens e a modernização dos 98 já existentes.

Jurandir destacou que o sistema integrado de transporte terá a incorporação de novos corredores de ônibus e do monotrilho do Morumbi. Outro ponto salientado pelo secretário é que a licitação para a compra dos novos trens será aberta exclusivamente para empresas brasileiras, como forma de estimular a indústria nacional.



Questionamentos parlamentares



Após as explicações sobre os projetos em execução e as expansões previstas, o secretário respondeu a questões dos parlamentares. O deputado Welson Gasparini (PSDB) reiterou as críticas sobre o abandono da malha ferroviária que liga a capital ao interior e destacou algumas iniciativas privadas que estão optando pelo transporte ferroviário como forma de baratear os custos. O secretário paulista afirmou que o governo do Estado quer a parceria com o governo federal e está aberto ao diálogo e ao trabalho conjunto para melhorar e ampliar a malha ferroviária estadual.

Quanto às questões levantadas pelo deputado Vitor Sapienza (PPS), Jurandir Fernandes informou que tecnicamente os trens do Metrô possuem seis carros por ser tecnicamente o melhor tamanho para a composição, considerando velocidade, tempo de frenagem e intervalo entre os trens.

Quanto ao transporte de cargas e aos diversos tipos de uso da ferrovia, pergunta formulada pela deputada Maria Lucia Amary (PSDB), o secretário respondeu que a viabilidade econômica para o transporte de carga se dá a partir de um trecho maior ou igual a 250 km, portanto em malha ferroviária que hoje pertence à União.

Ao responder aos deputados João Caramez e Ary Fossen (ambos do PSDB), o secretário afirmou que estão sendo realizados estudos para a implementação do ferroanel. Diferentemente da licitação para compra dos trens, a licitação de empresas para a execução das obras civis não pode restringir o acesso a empresas estrangeiras quando os recursos para as obras vêm de organismos internacionais, disse Jurandir Fernandes.

Ao encerrar sua participação, o secretário informou que a elaboração dos projetos para implementação do transporte de passageiros via trens ligando São Paulo a Jundiaí, São Paulo a Sorocaba e São Paulo a Santos já estão em andamento. Ele ainda convidou os deputados Hamilton Pereira e Maria Lucia Amary para uma reunião sobre o traçado da ferrovia que irá ligar São Paulo a Sorocaba. (PM)

alesp