Articulação das formas, dos ritmos e das cores são a síntese da pintura de Cecília Walton

Emanuel von Lauenstein Massarani
13/12/2002 17:42

Compartilhar:

Cecília Walton <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Cecilia Walton.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cecília Walton sabe se servir da cor, até da mais profundamente escura, para articular formas, determinar ritmos, exprimir com eficácia sintética impressões nascidas de uma paisagem, de uma floresta, de um cenário carregado de séculos e de glória.

Em suas telas a cor ressoa e canta, constitui a mediação entre o mundo interior do artista e do publico, que percebe aqui tanto a alegria quanto a tristeza, ambas criativas, de uma pintora que sabe elevar a verdade sobre o plano da poesia, separando-a de certas friezas estáticas, de certos módulos hoje superados, para propô-la de modo inovador.

Sua originalidade não é berrante. Suas vibrações surpreendentes possuem um acento sempre acessível onde a validade própria da arte não renuncia à sua missão, não só estética e espiritual, mas social e ética.

Ímpeto, fervor, entusiasmo e exuberância são revelados a quem observa suas obras, onde uma orgia de timbres, de tons e semitons, com veemente presença "fauve", parece dominar a pintora que imprime em suas telas cores e luzes bastante sombrias de resultado quase abstrato.

Cecília Walton efetua suas escolhas atendo-se sobretudo aos impulsos da própria natureza, de quem ouve as sugestões e traduz as implicações que a induzem a motivos figurativos e a levam a estruturar a visão nos esquemas de um abstracionismo assumido. Sua obra "Floresta", incluída no Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, é significativa dessa fase.

A Artista

Cecília Walton nasceu em São Paulo e desde pequena se dedica às artes. Formou-se em Desenho Industrial pela Fundação Armando Álvares Penteado em 1983.

Cursou Design de Jóias pela Escola Nova São Paulo (1987); História da Arte, com Nelson Screnci (1997) e com Rodrigo Naves (1999). Estagiou nos "ateliers" de Leda Catunda e Sérgio Romagnolo (1995, 1997 e 1998), Marco Giannotti (2000, 2001 e 2002).

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre as quais se destacam: Clube Paineiras do Morumbi, São Paulo; Compasso Arquitetura e Design, São Paulo (1999); Fancy House, São Paulo (2000); 34º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Mube, São Paulo (2002).

alesp