Lygia Wellisch encontra poesia no equilíbrio entre abstração geométrica e cromatismo

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
30/05/2007 17:18

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Campos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/LYGIA OBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lygia Wellisch<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/LYGIAWELLISCH PB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Não sabemos com precisão porque o sonho escolhe às vezes formas diversas onde engloba e conclui a sua mensagem, embora permaneça o fato que algumas formas de inspiração primordialmente geométricas e envolvidas por cores diversificadas e diametralmente opostas representam com imediatismo o sentimento. Da emoção de Lygia Wellisch nascem diretamente as formas, que se equilibram ao ritmo das relações, ao jogo das tensões, das alternâncias e dos contrastes.

A geometria neste contexto exprime a exigência de informar e dar uma precisa ordenação à mente e de encontrar uma classificação. Ela representa a função de uma pesquisa classificadora de todo o discurso estético. Em última análise ela é reveladora de uma dimensão do espírito.

Na recusa da visão naturalística, hoje inconciliável com as exigências de sua fantasia e através das sugestões de seu cromatismo, a artista encontra a sua justa medida enquanto a máxima abstração comporta a máxima poesia.

Portanto, não podemos deixar de valorizar a capacidade intelectual de uma artista que, com uma cuidadosa intervenção da mente e com uma precisa tomada de consciência, consegue equilibrar o dado inconsciente resgatando da intuição primordial a matéria expressiva.

Na obra Campos, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo é evidente a escolha intelectual de Lygia Wellisch na medida em que colhemos uma relação entre a realidade intuitiva e a expressão figurativa, entre os conteúdos interiores e o produto da arte.



A artista

Lygia Wellisch, pseudônimo artístico de Lygia Campos Wellisch, nasceu em Andrelandia, Minas Gerais e a partir do ano 2000 fixou residência no Rio de Janeiro.

Iniciou sua trajetória artística em Brasília freqüentando o atelier de Marlene Godoy (1996) onde aprendeu as técnicas de óleo e acrílico sobre tela, encáustica, tempera e aquarela. No Rio de Janeiro freqüentou a Escola de Artes Visuais do Parque Laje e atualmente mantém um atelier no Baluarte da Barra da Tijuca sob a direção do artista Luis Badia.

Sua primeira exposição data de 1999 no Clube Naval de Brasília, DF, seguindo-se Espaço Cultural Marlene Godoy, DF (2000); Espaço Cultural Bay Side, RJ (2001); Casa de Cultura Estácio de Sá, Arcos da Lapa, RJ (2001 e 2002) ; Espaço Cultural Via Parque e Galeria Via Cor, RJ ; Salão de Artes Country Club ; Clube Naval ; Galeria de Arte Antino Antiguidades, Itaipava, RJ (2002) ; "Mães maravilhosas e suas criações", Barra Point, RJ ; Galeria Forte de Copacabana, RJ ; VI Salão de Artes Plásticas do Palácio Maçônico do Lavradio, RJ (2003); "Cor e Movimento", Via Parque, RJ ; "50 anos da Petrobras", RJ (2004) ; Galeria Forte de Copacabana, RJ (2005) ; Shopping Barra Point, RJ ; Espaço Cultural Via Parque, RJ (2006) ; Galeria de Artes do Hotel Casa, SP (2007).

Possui obras em diversas coleções particulares de Minas Gerais, Brasília, Rio de Janeiro e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp