O expressionismo de Pedro Maluf: realidade que não pertence mais ao mundo sensorial

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
30/11/2007 09:12

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Pedro Maluf<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Maluf corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A solidão nas áreas metropolitanas, o cansaço da humanidade, escrava de outros ou de si mesma, o fascínio inexaurível de sentimentos secretos, um desencadear de estímulos e sensações, em positivo ou em negativo, aceitando propostas novas e revoluções sociais, refutando sugestões, compõem o todo da obra de Pedro Maluf.

Ansiedade, inquietação e uma luta contínua em direção da anulação das formas reais e do monocromatismo revelam sua fantasia criativa. Com seus contrapontos informais, impregnados de uma análise psicossocial do homem de nossos dias, sua pintura reproduz o ritmo cada vez maior do ser solitário.

Ao elaborar assim seus "fantasmas", o artista empreende uma pesquisa que está nas fronteiras do irracional sobre a realidade que nos circunda, com toda a sua carga de vida, uma dura luta de todo e qualquer condicionamento e todo o tipo de submissão.

A obra Três figuras em fundo verde, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, está muito próxima do expressionismo alemão do após-guerra. Com criatividade, Pedro Maluf elabora figuras marcantes em espaços indefinidos, sobre os quais impõe uma nova visão da matéria, uma realidade que não pertence mais ao mundo sensorial.

O artista

Pedro Maluf, pseudônimo artístico de Pedro Tavares Maluf, nasceu em São Paulo, em 1961. Formou-se em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (1987).

Ingressou no curso de artes plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado em 1982, e no mesmo ano passou a freqüentar o Museu Lasar Segall, onde participou do curso "Iniciação ao Ato de Ver", ministrado pelo pintor Antonio Hélio Cabral, e realizou desenhos de observação no ateliê de livre criação, sob a orientação de Hélio Schonmann (1982-83).

Freqüentou ainda o ateliê de gravura no Museu Lasar Segall, sob a orientação de Cláudio Mubarak (2000) e o ateliê de modelo vivo da Associação Paulista de Belas Artes (2001-2002).

No período compreendido entre 1999 e 2006 foi aluno assíduo do pintor e gravador Hélio Schonmann em seu ateliê particular. Desde fevereiro de 2007 freqüenta o ateliê do escultor Pedro Pinkalsky e da desenhista e gravadora Ivone Couto.

Pratica com assiduidade atividades de pintura, desenho e xilogravura, participando semanalmente, junto com outros pintores e desenhistas, de sessões de retrato e de modelo vivo.

alesp