Francisco Rosa valoriza matéria e estrutura, mais do que massa e volume em suas esculturas


01/08/2008 16:20

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Francisco Rosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2008/FRANCISCO ROSA MAC 08.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> São Francisco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2008/FRANCISCO ROSA Sao Francisco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Francisco Rosa descobriu poesia nos materiais tecnologicamente usados, pois ganham um novo valor em suas composições, uma vez transformados. Embora tenha iniciado na escultura com materiais de reciclagem, é o fio metálico a matéria prima que utiliza atualmente para suas criações.

Observando suas obras verificamos que estão longe das delineadas pelos construtivistas, pois segundo alguns críticos o abandono da idéia construtivista e estrutural em nossos dias implica até mesmo uma certa regressão.

Obras dessa natureza nascem da resistência à idade moderna e de sua critica: elas usam materiais pouco comuns para alcançar o mundo essencial das emoções e dos instintos humanos.

As formas de Francisco Rosa derivam do mundo animal e do humano. Elas demonstram paralelamente a sua simplicidade e uma grande clareza de significado. O jovem escultor evoca através de suas criações a conjunção das tradições do artesanato e da imaginação moderna na invenção artística.

Seu sentido extremamente emocional da realidade se serve das figuras para produzir na massa um ritmo envolvente e livre. Vale lembrar que em 1930, o escultor espanhol Gonzalez criou figuras lineares com fio metálico exprimindo-se através de pequenas esculturas.

Na obra São Francisco, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o denominador comum que se destaca, do ponto de vista visual é o estilo personalista de Francisco Rosa manifestado também através de uma forma maneirista e barroca. Para ele o que conta é a matéria e a estrutura, muito mais que a massa e o volume.



O artista



Francisco Rosa, pseudônimo artístico de Francisco de Assis Rosa, nasceu em Viçosa, Minas Gerais, em 1975. A partir do corrente ano transferiu-se para São Paulo onde instalou o seu atelier e segue cursos na Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Desde muito jovem interessou-se pela escultura, pesquisando há mais de 10 anos todo tipo de material reciclável. Autodidata vem se especializado na elaboração de esculturas com fio metálico.

Participou nesses últimos anos de diversas mostras em Salões, Feiras e Galerias de Arte, destacando-se entre elas: "Mudial Interiores", Viçosa, MG; "Designer da Artefatto", Rio de Janeiro, RJ (2006); Exposição Comemorativa dos 80 anos da UFV; 77º Feira Nacional de Artesanato, Belo Horizonte, MG (2007); Exposição individual na Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa, MG (2008).

Recebeu o Prêmio Dr. Paulo Maurity Duarte de Magalhães, atribuído pelo júri técnico da 77º Feira Nacional de Artesanato 2007. Criou o Troféu para as Supremas Guardiãs da Ordem Internacional das Filhas da Fé, por ocasião de sua visita a Minas Gerais em 2004 e o Troféu destinado a premiar participantes do Encontro Maiúsculo Estadual de Lions Clubes de Minas Gerais.

Possui obras em diversas coleções particulares de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp