Revelando valores poéticos, Di Maio revive acontecimentos com espontaneidade e inspiração

Gian Paolo Di Maio, jovem pintor e escultor italiano, radicado no Brasil, possui dois perfis artísticos: um tênue e delicado, outro todo de força e vigor, quase violento. Um e outro têm em comum a espontaneidade, a inspiração, o estudo e a experiência.
O pintor costuma afirmar que seu trabalho é uma mistura de influências e de amor pela arte, entretanto seu estímulo e observação provêm da natureza. Frente a um artista é até fácil procurar suas contradições, não somente no que tange aos argumentos, mas sobretudo no que se refere a estilo, mesmo se sua técnica, em linhas gerais, acompanha a vida do artista, nem sempre necessariamente ligada ao estilo.
Pier Giorgio Balocchi, conhecido crítico e historiador de arte italiano, destaca com muita propriedade que "Di Maio expressa-se com movimentos, gestos, traços e uma ampla bagagem de lembranças, parte integrante de um infinito diário de viagem, que nas pinturas, fixam-se com a força da escrita e da cor, como incisões na pedra, para que sensações vividas nunca sejam apagadas".
Vale salientar que certos fatos naturalísticos revivem sobre suas telas a epopéia cromática na qual se destaca uma cor densa, incisiva e pastosa, repleta de reflexos luminosos. O pintor dialoga abertamente, através de figuras abstratas muito bem postas no desenho, com um cromatismo brilhante. Trata-se do reflexo de um ambiente relembrado onde a luz e a cor se fundem à perfeição.
Di Maio intitula suas últimas obras pictóricas de "Diários de Viagem", através das quais penetram na vida cotidiana e nos fatos vividos com particular calor, até projetar sobre suas telas nuances quase imperceptíveis dentro de um processo de criação sempre renovado e envolvente. A matéria de sua pintura é rica, a gama cromática é o resultado pessoal de um naturalismo quase simbólico e gestual, conseguindo assim fixar os desequilíbrios dialéticos, a alegria, o sofrimento e a instabilidade próprios do ser humano.
Homem e artista, de idéias claras e precisas, Di Maio parte da figuração de um elemento e evolui lentamente guiado pela necessidade de reconstruir um mundo pictórico que reflita as ansiedades e os problemas do homem contemporâneo e, ao mesmo tempo, revele os eternos valores poéticos de sua alma.
O observador que se aproxima das obras pictóricas de Di Maio é, em conseqüência, surpreendido pela capacidade do artista de reviver acontecimentos e "histórias" humanas. A obra "Homenagem a Pablo Neruda", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista se vale de poucos, mas decisivos e bem articulados traços e sinais que enriquecem a sua composição. Com eles insere sobre a matéria frases e trechos de poemas do grande escritor chileno, tudo sobre uma pátina impressionista.
O Artista
Escultor e pintor, Gian Paolo Di Maio nasceu em 1971 na cidade de Roma, Itália. Estudou publicidade, relações internacionais, artes plásticas, (escultura, pintura, historia da arte) design gráfico, pedagogia, metodologia do ensino, criação de moda, em instituições importantes como o St. Clare"s College Oxford; a Universidade de Sussex; a Universidade de Brighton School of Arts, na Inglaterra; a Real Academia de Belas Artes de Turim e a Academia de Belas Artes de Carrara, na Itália.
Entre 1994 e 1998, participou, juntamente com arquiteto Gino Diamanti, do projeto "Sculpture and Urban Spaces", resultando em esculturas em mármore em espaços públicos nas cidades de Carrara, Itália, em Bochum, Alemanha, e em Hammamet, Tunísia.
No ano de 1998, completou uma pesquisa para a Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artistica, intitulada "O Mundo Mineral. Uma Pesquisa e Estudo Sobre Pedras e Cristais do Estado de Pernambuco - a Escultura, os Escultores e a Tradição Artística/Artesanal". Onde contou com o apoio da Professora Regina Pio Buccini.
Entre as exposições individuais, destacam-se: Circus Art Gallery, Independent Art Projects Brighton, Galleria Calendiluna, Carrara, Itália; Galeria BWA, Krakow, Polonia (1992); Phoenix Art Gallery, Brighton, Inglaterra; Artifex Galleria, Turim, Itália; Galleria Franco Buzzati, Roma, Itália; Il Covo Galleria, Carrara, Itália; Spazio Uno Galleria, Bologna, Itália; Kulturgut Art Gallery, Bochum, Alemanha; IAC Instituto de Arte Contemporânea, Recife, Brasil (1993); Galleria Spazio Aperto, Roma, Itália; Elisabeth Medeiros Galeria de Arte, Recife, Brasil (1994); Patrick Berchot Art Gallery, Paris, França; Tantra, São Paulo, Brasil (1995); Tabi II Art Gallery, Paris, França; Kulturgut Art Gallery, Bochum, Alemanha; Casa Das Rosas, São Paulo, Brasil (1996); Kahuna Luna Artes, Paraty, Brasil (1997 e 2000); Studio 12 Centro Cultural, São Paulo, Brasil (1998) "Istituto Culturale Brasile-Italia" - Milano, Itália (1999); Paulo Prado Galeria de Arte, São Paulo, Brasil (2002).
Participou, também, de inúmeras exposições coletivas, ressaltando-se: Circus Art Gallery, Independent Art Projects, Brighton, Inglaterra; Dome Art Gallery, Brighton, Inglaterra; Phoenix Art Gallery, Brighton, Inglaterra; Zap Club Art Projects, Brighton, Inglaterra; Artifex Galleria, Turim, Itália; Il Covo Galleria, Carrara, Itália; Arte In Fiera Galleria, Firenze, Itália; Lot Airlines Art Space, Krakow, Polonia (1993); Reale Accademia Albertina Di Belle Arti, Turim, Itália; Mantovani Galleria D"arte, Torino, Itália; Cinque Stelle Spazio Artistico, Bologna, Itália (1994); Leon D"oro Galleria D"arte, Carrara, Itália; Circolo Dei Baccanali Spazio Culturale, Carrara, Itália; Macchia Nera Spazio Culturale Indipendente, Pisa, Itália (1995); Progetto Scultura Nel Parco, Carrara, Itália; Nannini Art Gallery, Siena, Itália; Spitz Art Gallery, Warsaw, Polonia; Atelier Associazione Culturale Progetto Proarte, Carrara, Itália (1996); Autotak Art Space, Krakow, Polonia; Atelier Associazione Culturale Progetto Proarte, Carrara, Itália; Kulturgut Art Gallery, Bochum, Alemanha; Dimitri Roberts Art Gallery, Venezia, Itália (1997); Imperatrice Cristina Galleria D"arte, Carrara, Itália; La Ruota Galleria D"arte, Carrara, Itália (1998); Casas Das Rosas, São Paulo, Brasil (2000).
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