Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Fabio Roxo


23/11/2010 14:11

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Fabio Roxo sente a necessidade humana de pintar a solidão e as incertezas dos seres



Artista vivo, portanto, sincero, Fabio Roxo se torna um intérprete que sofre e se comove com o seu tempo, do qual sabe colher incertezas e excitações com um toque singular e vibrante acento de verdade.

A solidão é certamente a condição mais típica e comum de nossos dias: chega a ser, até mesmo, determinante. É, pois, natural que um artista sensível, de forte empenho social, como Fabio Roxo, sinta a necessidade moral e humana de pintar o ser humano como tema de preferência em suas obras.

A tal escopo, para melhor definir o estado de abandono e de confusa indeterminação no qual focaliza os seres, o artista não traça com exatidão suas figuras, mas deixa que seja a cor a definir de maneira mais expressiva a personalidade.

Suas tintas são fortes, acesas, ricas de contrastes, seguindo a melhor tradição expressionista. Cores quentes e contrastantes acentuam as figuras centrais que emergem e que representam na sua maioria figuras femininas: mulheres nuas, artistas, mulheres absorvidas ou estupefatas de se encontrarem naquele ambiente. Suas criaturas são prisioneiras de si mesmas, isoladas umas das outras e do mundo que as cerca.

A técnica adotada por Fabio Roxo para exprimir a angústia do cotidiano é, sem dúvida, expressionista revivida em termos absolutamente pessoais e originais. O jogo dos contrastes das massas que fazem pano de fundo ao personagem central provoca efeitos de grande relevo.

Na obra "A violoncelista", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a espiritualidade do pintor adquire destaque no perfil de seu personagem, que vive com intensidade tanto a música quanto o drama existencial.



O artista

Fabio Roxo nasceu em São Paulo em 1956. Formou-se engenheiro civil em 1982. Paralelamente realizou cursos de desenho e pintura sobre tela na Escola Panamericana de Artes, pintura sobre tela no Liceu de Artes e Ofícios, desenho na Escola Cândido Portinari, litogravura no Sesc e gravura em metal no Museu Lasar Segall.

Seu trabalho é fruto de pesquisas com diversos materiais: carvão, giz de cera, matéria betuminosas, tinta óleo e, principalmente, tinta acrílica.

Participou de diversas exposições individuais na Galeria Valoart (1987-1988-1989-1990-1991-1992), Galeria do Sesc Pompéia (1988), Espaço Cultural V Centenário da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (1989), Espaço Cultural das Faculdades Metropolitanas Unidas (1995), Sala Mário de Andrade da Secretaria Municipal de Cultura (2003), Galeria Craft (1999 a 2003).

Possui obras em coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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