"É necessário que se estabeleça claramente de quem é a responsávelidade pelas águas da cidade de São Paulo", afirmou Sebastião Arcanjo (PT). De acordo com o deputado, a Constituição diz que o município é responsável pela exploração e distribuição de seus recursos hídricos, mas, na prática, não é isto que acontece -- os prefeitos sequer são chamados a opinar sobre abastecimento de água e tratamento de esgotos dos municípios que administram. Além disso, não existe planejamento estratégico nem integrado da utilização dos recursos entre os próprios municípios no Estado. "Se empresas particulares usam água livremente como insumo, por que pagamos por qualquer produto que contenha água?", perguntou Arcanjo, declarando que a questão passa pela real diferenciação entre uso público e privado das águas. "A Casa precisa cobrar atitudes mais coerentes das autoridades, senão teremos que depositar nossas esperanças em São Pedro", finalizou.