Frente Parlamentar das Hidrovias discute implantação da Tietê-Paraná


12/02/2009 18:31

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Frente Parlamentar das Hidrovias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2009/FRENTE HIDROVIAS GERAL ROB_2115.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Massafera e João Caramez<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2009/FRENTE HIDROVIAS deps massafera e caramez 09 ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Implantação da hidrovia Tietê-Paraná é tema do debate <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2009/FRENTE HIDROVIAS ROB_2136.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar das Hidrovias, coordenada pelo deputado João Caramez ((PSDB), reuniu-se nesta quinta-feira, 12/2. Segundo o coordenador, o momento é ideal para trazer à tona a questão da implantação da hidrovia Tietê-Paraná, enquanto se discute a Lei de Proteção Ambiental e sua regulamentação e tanto se fala sobre os problemas acarretados pela logística de transportes atualmente utilizada, concentrada no modelo rodoviário.

Segundo Caramez, esse método acarreta problemas como poluição, congestionamentos, aumento do custo do frete, além de piorar de uma forma geral a qualidade de vida da população, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo. O coordenador acredita que a integração da hidrovia na malha de transportes estadual representa a saída, a solução para esse problema. Para ele, além dos benefícios ambientais e de maior eficiência energética, há vantagens de custos, menor consumo de combustíveis e menor emissão de gases poluentes, redução dos congestionamentos urbanos, enfim, representa um alívio ao trânsito pesado nas marginais e outras vias da Grande São Paulo.

Também presente à reunião, o deputado Roberto Massafera (PSDB) declarou que urge uma definição para a adoção da Hidrovia como meio de transporte. Lembrou que em 1964, optou-se pela utilização do modal rodoviário alegando-se que era o mais barato. E, desde então, houve uma redução e quase esquecimento da possibilidade de uso de outros modais incluindo a ferrovia e a hidrovia, que poderiam ser a solução para um país da extensão do nosso, que também oferece um dos maiores potenciais de recursos hídricos. Falou ainda do papel representado, nos Estados Unidos, pela utilização do Rio Mississipi, cuja prática representou importante papel no desenvolvimento daquele país. A intensificação da comunicação a partir dos resultados do trabalho desenvolvido pela frente, pode ser uma saída para sensibilizar os níveis executivos de governo, bem como toda a sociedade.

O diretor do Departamento Hidroviário, Frederico Bussinger, lembrou que a bacia Tietê-Paraná apresenta como características não ter acesso ao mar, encontrando como barreira física a Serra do Mar e nem tem acesso direto ao local de produção das mercadorias que oferecem potencial de carga para a hidrovia, mas tem como vantagem para a interligação da região metropolitana, apesar de todos os inconvenientes que esse uso acarreta, mas que poderiam ser resolvidos se fosse desenvolvida a já anteriormente aventada integração dos anéis hidroviário, ferroviário e rodoviário. Em sua opinião, o potencial da bacia poderia ser mais bem aproveitado com a intensificação do uso por todos os Estados que a integram. A inclusão de outros Estados, além de São Paulo, no planejamento da utilização da bacia hidrográfica poderia ser a razão da sua inclusão no Plano Nacional de Transportes, se a esfera federal for convencida da sua importância. O que, por sua vez, traria recursos financeiros que pudessem proporcionar um desenvolvimento mais rápido de todo o projeto.

Foi lembrado, pelo consultor de hidrovias Rui Lopez, que o governo federal, ao financiar a exportação da soja e trigo por intermédio do Banco do Brasil e do BNDES, nas décadas de 60 e 70, estabeleceu a obrigatoriedade da utilização de determinado modal de transportes. E que o mesmo poderia ser feito atualmente incluindo o uso do modal hidrográfico, quando se financia a exportação de mercadorias.

Caramez considerou viável para a intensificação dos debates a realização de uma audiência pública, com a presença de especialistas, além de seminários e painéis para discussão do assunto. Para isso determinou a preparação para essas reuniões pelos grupos de trabalho das fases anteriores. Os resultados e a repercussão desses eventos, na opinião do parlamentar, poderão sensibilizar a esfera federal da importância da adoção de um modal que priorize a utilização desse meio de transporte que, naturalmente, apresentaria menores prejuízos à sociedade.

alesp