Envolvidas numa atmosfera de fantasia, as paisagens irreais de Christian Spencer

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
05/09/2006 18:46

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Christian Spencer<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CHRISTIAN SPENCER.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Nebulosa Vermelha</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CHRISSPENCER NEBULOSA 0VERM-obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Christian Spencer se deixa transportar por um renovado conceito figurativo e toma para si o ato de prospectar um mundo seu fantasioso e poético e nos transmitir sua criatividade por meio de imagens tanto da Austrália, sua terra natal, quanto do Brasil, sua terra de adoção.

O entardecer no deserto central australiano e os raios de luz filtrados por entre as árvores do Parque Nacional de Itatiaia nos são transmitidos envoltos numa atmosfera de sonho. Coisas raras e paisagens irreais nos sugerem o aspecto agradável de uma realidade inventada quase para nos abstrair de um mundo às vezes hostil e no qual vivemos muitas vezes constrangidos.

Pintor sereno, ancorado no seu metier, na medida em que este lhe serve de instrumento expressivo e, portanto, de paradigma a conceitos culturais, Christian Spencer percorre seu próprio caminho com sofrida maturidade e vem alcançando sucessos em etapas meditadas em operoso e equilibrado recolhimento. Trata-se, pois, de um pintor que, apesar de jovem, já tem o seu espaço merecidamente conquistado.

Calor e fraternidade se liberam de suas "paisagens", onde nada é artificialmente desejado. Sensível ao espetáculo da vida, Christian Spencer domina sua temática sem a mínima idéia preconcebida.

A obra Nebulosa Vermelha, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, revela o conflito entre a complexidade do conteúdo e a expressividade que busca para exprimi-lo, típico de uma linguagem na qual os problemas do espaço, da distribuição construtiva dos volumes e da energia da cor não separada de sua função tonal conservam toda a sua importância.

O artista

Artista plástico autodidata, Christian Spencer nasceu em Melbourne, Austrália, em 1977. Durante cinco anos viveu no deserto Flinders Rangers, convivendo com os aborígines locais durante seis meses. Transferiu-se para o Brasil em 2000, passando a residir no Parque Nacional de Itaitaia.

Participou de inúmeras exposições, destacando-se entre elas: Hawker Art Show, Hawker, Austrália; Hollow Bones Art Circle, Adelaide, Austrália, e Hollow Bones Art Circle, Melbourne, Austrália (1999); The Convent Gallery, Daylesford, Austrália; XVI Mostra de Arte da Granja Viana, Cotia, SP, e Aix La Chapelle, Daylesford, Austrália (2000); Espaço Cultural da Universidade Federal de São Carlos, SP; Academia Brasileira de Arte (Abra), São Paulo; "Yacumana, Arte e Mitologia da Serpente", Museu Histórico do Butantã, São Paulo; Espaço Cultural Sheraton Hotel, Curitiba, PR (2001 e 2002); Casa Rhodia, São Paulo (2001); Museu de Arte Moderna (MAM), Resende, RJ; Museu do Parque Nacional de Itatiaia, RJ; Espaço Cultural Tanger, São Paulo; "Australian Festival 2002", Espaço Cultural Hyatt Hotel e Sesc Campinas, SP (2002 e 2003); "Natureza Viva", Jardim Botânico do Rio de Janeiro; e Casa da Fazenda do Morumbi, São Paulo.

Juntamente com a artista Tatiana Clauzet executou o painel Oca dos Curutus, na fazenda Pedra Vermelha, em Analândia, SP. Suas obras encontram-se em diversas coleções oficiais e particulares, entre elas a do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp