A deputada Ana Martins (PCdoB) participou, em 16/2, a convite da reitora da USP Suely Vilela, do ato de inauguração das novas instalações da USP Leste, que abarca os blocos dos Módulos Didáticos Inicial e Principal e o da Biblioteca e Anfiteatros, que somam mais de 27 mil metros quadrados de área construída. "A concretização deste projeto, que ainda está em curso, na sua 2ª fase, é fruto de uma árdua luta iniciada em meados de 1975 pelos movimentos populares, associações de bairro, igrejas, grêmios estudantis e DCEs, entidades de mulheres e da juventude, jornais de bairro, educadores, comerciantes, lideranças e personalidades locais", recorda a deputada. "Em 1980, essa luta foi ampliada e exigia do Poder Público uma educação pública, gratuita e de qualidade, da creche à universidade", relembra Ana Martins."Por isso, o governador, ou quem quer que seja, não pode deixar de reconhecer as movimentações feitas, em especial, pelo Movimento de Luta pela Universidade Pública na Zona Leste (MUPZL), que desde o início da década de 90 reuniu, entre seminários, idas aos reitores das universidades públicas (Unifesp/Unesp e USP), atos públicos e a elaboração de documentos como abaixo-assinados etc, mais de cinco mil pessoas", explica a parlamentar. "A exemplo da Faculdade de Tecnologia, a FATEC, construída na Cidade A. E. Carvalho, o campus da USP na Zona Leste surgiu da grande participação e luta da população que mora, trabalha, estuda e atua politicamente na região", complementa a parlamentar.Segundo a deputada, hoje a luta é pela ampliação de vagas e pela conquista de uma universidade pública mais adequada à realidade brasileira, que propicie o acesso e a permanência da população de baixa renda em seus quadros, minimizando a grande evasão escolar. Mas, também que invista nas áreas de conhecimento de maior interesse popular com pesquisas voltadas ao atendimento das carências nas áreas da habitação, saúde, educação, transporte, cultura e lazer da Região Metropolitana de São Paulo. Para tanto, a deputada sugere alterações no Regimento Interno da USP que não permite a existência de cursos iguais numa única cidade. "Este regimento não é adequado às cidades grandes do Estado de São Paulo, muito menos à capital com seus dez milhões de habitantes", defende a deputada. Por outro lado, a deputada lamenta o fato de o governador Geraldo Alckmin ter vetado o aumento de verbas para as Universidades Públicas no Estado de São Paulo (USP, UNESP, UNICAMP e Centro Paula Souza), aprovado pela Assembléia Legislativa em 2005, que previa a ampliação do repasse da arrecadação total do ICMS às Universidade Públicas de 9,57% para 10%; além do veto ao repasse de 1% para o Centro Paula Souza e do aumento de 30% para 31% da receita de impostos para todos os níveis de educação. A deputada estadual Ana Martins (PCdoB) é membro da Frente Parlamentar constituída pelos parlamentares paulistas para acompanhar a implantação do novo campus da USP Leste em Ermelino Matarazzo.amartins@al.sp.gov.br