Alberto Della Nina usa a cor para provocar estado de tensão na abstração geométrica

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
17/02/2006 16:06

Compartilhar:

Alberto Della Nina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Alberto DellaNinna.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "Sem título", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São  Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Alberto obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A abstração geométrica assumiu uma importância cada vez maior nos anos que se seguiram à 2ª Guerra Mundial. Guiada pela razão, a abstração geométrica insiste na exatidão e rigor das formas e se opõe à tendência emocional e instintiva. Ela luta contra o rompimento das formas, reconstituindo estruturas precisas e seguindo um plano profundamente refletido.

Mais próxima da obra de Jean Arp do que de Joseph Albers, cujo rigor é por demais conhecido, a mensagem artística de Alberto Della Nina, segue um certo construtivismo e é transmitida através de estruturas simples construídas a partir de formas geométricas fundamentais.

A cor para Alberto Della Nina tem por objetivo provocar um estado de tensão e um movimento de vibração em sua obra, mas não parece "liberada" dos elementos tradicionais que se unem estreitamente com a forma para constituir um elemento indissociável. O observador não vê somente formas de cores, pois que as nuances que as envolvem dão impressão de um movimento que se impõe naturalmente.

Para entender e apreciar as obras desse artista não é necessário usar o olhar tão comum às acrobacias da cultura icônica ocidental, quanto mais procurar compreender o impacto entre esta e tudo quanto constitui o diverso e complexo mundo da abstração.

Na obra "Sem título", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista resolve o imediatismo de sua linguagem, conservando e exaltando imagens originais que não se reduzem a uma temática exótica mas que a memória decanta de tantas adjetivações.

O Artista

Alberto Della Nina nasceu na cidade de São Paulo em 1929. Durante muitos anos trabalhou no Departamento de Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo, de modo especial no setor de plantas e desenhos. A partir de 1950 abriu o seu próprio atelier.

Entre 1951 e 1957 estudou pintura, desenho e gravura na antiga sede do Museu de Arte de São Paulo, à Rua Sete de Abril. Os cursos eram coordenados pelo Professor Pietro Maria Bardi, tendo como professores: Flávio Motta em história da arte; Roberto Sambonet e Gastone Novelli no desenho e Waldemar da Costa em pintura.

Participou ainda da oficina de gravura dirigida por Renina Katz e dos cursos de conhecimentos de composição com Leopoldo Haar e estudos em projetos arquitetônicos com Thibault.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: 4° Salão Paulista de Arte Moderna (1955). Exposição do Retrato Moderno do Pavilhão do Ibirapuera (1957). Exposição de Pintura Paulista Contemporânea (1958); Exposição no Clube Alto dos Pinheiros(1983). Exposição na Galeria Rastro (1984 e 1985). VI Salão de Artes Plásticas da Noroeste em Penápolis (1985); Exposição na Galeria Estados Unidos (1990).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp