Assembléia Popular


26/04/2006 15:25

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Merice Andrade de Quadros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Merissa Andrade03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Tcharles Ferreira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Tcharles Silva Pereira03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marco Aurélio Amaral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marco Aurelio Amaral02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lúcio Pinheiro Machado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Lucio Pinheiro Machado03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Sem glamour

A política neoliberal não deixa que o atendimento público chegue à população, alertou Sílvio Luiz del Giudice, militante do PSB. Ele citou como exemplo os numerosos casos de violência na região de Jaçanã e Tremembé. "O sistema está a serviço do clientelismo na educação, na saúde e em todas as áreas", afirmou. Para Giudice, relações clientelísticas também marcaram licitações para construção de obras públicas na gestão tucana em São Paulo. Pré-candidato a deputado estadual, ele alertou os candidatos de esquerda de diversos partidos: "Não se intimidem com o glamour do PSDB".

No tempo das carroças

"Se estivéssemos usando carroças, estaríamos mais bem assistidos do que com o transporte público de Embu Guaçu", avaliou Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu Guaçu em Ação. Atrasos, veículos quebrados e péssimo atendimento tornam "torturador", segundo ela, o sistema gerenciado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. Merice questionou o secretário estadual Jurandir Fernandes sobre o fato de não estar em operação a linha Embu Guaçu " Capão Redondo, inaugurada há mais de um ano.

Péssima qualidade

Anderson Cruz, do Instituto de Educação São Paulo, criticou a reivindicação dos professores da rede pública paulistana de equiparação salarial com profissionais de escolas bem-classificadas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. "Mas eles trabalham da mesma forma? A qualidade das aulas na rede municipal é péssima", avaliou. Para ele, os professores estão "apegados ao discurso corporativo de que tudo se resolve com aumento de salário, só que isso não significa boa qualidade dos serviços". Cruz sugeriu a realização de uma ampla investigação sobre o funcionamento das escolas para dimensionar o que definiu como "o rombo da educação".

Vestir a camisa do Brasil

Tcharles Ferreira, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua de São Paulo, mostrou, da tribuna, uma camisa nas cores verde e amarela, pedindo que autoridades e moradores da capital "vistam a camisa". Voltou-se para o público e pediu: "Todos temos que vesti-la!". Declarou que os moradores de rua são eleitores como todos os cidadãos, só que "seus direitos não são respeitados, como previsto em lei". Protestou contra as mortes de moradores de rua, segundo ele, "cada vez mais freqüentes". Pediu a mudança da política adotada com esta população, que classificou de política "de exclusão social e violenta".

Rodízio nos albergues da cidade

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua de São Paulo, disse que, há mais de 30 anos, "não se vê melhora no sistema de albergues da cidade". Alegou que é inadmissível o sistema de rodízio ao qual os albergados são submetidos, enquanto o governo "tem seus lucros". Para Mendonça, há um desencontro na política usada pelo governo: enquanto uma secretaria municipal recolhe moradores de rua doentes para tratamento, outra lança jatos d"água em pessoas nas ruas da capital. "É inadmissível o tratamento dado a estas pessoas." Ele manifestou também sua indignação pelo assassinato de moradores de rua, sob a alegação de tráfico de drogas. Segundo ele, os moradores são vistos como empecilho para a sociedade. "São excluídos, por mais que se fale em inclusão social."

Danos ressarcidos

José Roberto Alves da Silva, do movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, protestou contra situações de humilhação a que, muitas vezes, alunos tanto de escolas públicas quanto de particulares são submetidos. Segundo ele, geralmente com a conivência de professores e da direção dos estabelecimentos. Silva leu texto sobre homofobia e informou que o movimento que integra entrou com ação na Justiça para que cada aluno da escola pública possa representar R$ 1 de recursos públicos para entidades que lutam contra danos morais a estudantes.

O que fazer?

Representando o Centro Nacional de Estudos Filosóficos, Políticos, Sociais e Econômicos, Lúcio Pinheiro Machado manifestou sua preocupação quanto à existência de um movimento com o objetivo de "nublar" a visão da sociedade sobre problemas sérios que a afetam nos campos filosófico, político, social, cultural, religioso, econômico e financeiro. Conclamou a todos a pensar no que fazer para desmantelar o que chamou de "conspiração criminosa".

Agenda

O Fórum Jabaquara em Defesa da Infância e da Juventude realiza reunião nesta quinta-feira, às 19h, na sede da Sociedade Amigos do Bairro Jabaquara e adjacências. A comunicação foi feita pelo representante da entidade Mauro Alves da Silva. Ele reclamou da falta de vagas nas escolas de educação infantil e também nas creches do bairro e mencionou problemas de atendimento hospitalar na localidade. Em particular, citou o Amam São Geraldo e o Hospital Arthur Saboya.

CPI para a Segurança Pública

A presidente da ONG Segurança para Todos, Maria Lima Matos, reivindicou a abertura de uma CPI para a área da Segurança Pública. Segundo ela, o Estado de São Paulo não respeita a Carta das Nações Unidas, que garante vida, segurança, integridade física, liberdade e bem-estar social para todos os cidadãos. "Uma CPI vai apurar as denúncias concretas que vou trazer a este programa na próxima semana", falou, acrescentado que "o governo de Geraldo Alckmin encontrou uma opositora à altura, conhecedora das leis".

Corrupção nas escolas

"Ou acabamos com a corrupção dentro da escola ou ela vai acabar com a escola pública", argumentou Cremilda Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos. Segundo Cremilda, há desvios de verba, promovidos pelos próprios diretores, dentro das escolas públicas "e os pais não têm uma instância na qual possam reclamar".

Serviço telefônico inoperante

O serviço telefônico (0800 019 0088) de atendimento ao cliente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) foi alvo de denúncias de Francisco Barbosa, da ONG Embu Guaçu em Ação. Ele desafiou o ouvinte a ligar para o serviço e ser atendido. Aproveitou para denunciar a falta de respeito ao idoso e a inadequação dos ônibus para os deficientes físicos no transporte público urbano que serve a zona sul de São Paulo.

Comparação

Carlos Eduardo Ventura Campos, da Agência do Desenvolvimento Social (ADS), afirmou que na comparação entre os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso e os três anos do governo Lula, a balança pende favoravelmente para o último. "No governo Lula o país não recorreu ao FMI, valorizou e melhorou a Petrobras e deu autonomia e poder à Polícia Federal, bem diferente do governo FHC, que nada realizou", disse.

Primeira luta

"A educação é a principal prioridade de um país que quer vencer seus desafios", afirmou Marco Aurélio Amaral, do Instituto de Educação de São Paulo. Marco fez uma crítica às poucas horas em que um diretor de escola pública permanece na instituição de ensino. "Como alguém pode realizar um trabalho de qualidade na gestão de uma escola se permanece nela apenas algumas horas", reclamou.

alesp