Com cerca de 1.400 inscritos, o Comitê do Jovem Empreendedor, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, realizou nesta segunda-feira, 5/11, na sede da Fiesp, a terceira edição do Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, que contou com a participação, na cerimônia de abertura, do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima."Vocês, que arriscarão recursos e energia, poderão contar com o trabalho do Parlamento paulista para melhorar a competitividade da economia de São Paulo", afirmou Vaz de Lima, dirigindo-se aos participantes do congresso, que tinha como tema "Gestão de Sucesso: uma Questão de Posicionamento " Transparência, Sustentabilidade, Administração Financeira e Gerenciamento de Pessoas". Ele assegurou que a Assembléia é parceira dos empreendedores que produzem com respeito aos direitos dos trabalhadores e ao meio ambiente."A Assembléia tem consciência da importância dos jovens empreendedores", garantiu Vaz de Lima. Para ele, além da aprovação de projetos como o do Simples paulista e da redução de alíquotas em mais de 200 produtos, reforça essa posição a série de audiências da Frente Parlamentar de Apoio à Micro e Pequena Empresa. O órgão, criado pelo Legislativo, está percorrendo todo o Estado, para discutir a Lei Geral da Pequena e Microempresa, cujo projeto será apreciado pelos deputados estaduais."Implantar essa lei é fundamental para que o Brasil se coloque melhor " atualmente está na 126ª posição " no ranking dos países que apóiam o empreendedorismo", completou o secretário de Trabalho e Emprego, Guilherme Afif Domingos, que representou o governador José Serra no evento.Segundo ele, num Estado como São Paulo, que tem elevada taxa de emprego informal e dificuldades burocráticas no setor, é importante "o jovem empreendedor, que, com teimosia e talento, busca uma saída menos cômoda e mais eficaz para o desenvolvimento do país".O secretário afirmou ainda que, em janeiro de 2008, deverão ser anunciadas medidas para trazer essa parcela da produção para o mercado formal, reduzindo, entre outros, o prazo para abertura de empresas, atualmente de 152 dias, em média, no Estado.Finalizando a primeira parte do evento, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, voltou a defender a extinção da CPMF, cuja prorrogação deve ser votada pelo Senado. "Recriar um imposto que se extingue em dezembro é aumento de carga tributária", ele avaliou. Para Skaf, a redução da carga tributária deve preceder a redução de gastos públicos. "O fim da CPMF é a chance concreta de a sociedade abrir a porta para discutir a reforma tributária, com verdadeira desoneração de impostos", afirmou.O Comitê do Jovem Empreendedor foi criado em 2004, com 15 membros, e atualmente conta com mais de 500 participantes, informou Pierre Ziade, diretor do CJE. "Nosso objetivo é dar uma nova identidade aos empreendedores, contribuindo para que eles tenham uma visão não só de suas atividades produtivas, mas também de aspectos sociais e ambientais", disse. O congresso, segundo Ziade, torna-se um importante elemento para transmissão e discussão dessas informações.