Reitor fala sobre expansão da Unesp


18/11/2003 19:58

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Reunião conjunta das comissões de Educação, de Finanças e Orçamento e de Cultura, Ciência e Tecnologia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/ccultura181103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Carlos Trindade, reitor da Universidade Júlio de Mesquita Filho (primeiro à esquerda) esclarece dúvidas sobre novos cursos <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/cculturaA181103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O reitor da Universidade Júlio de Mesquita Filho (Unesp), José Carlos Trindade, compareceu nesta terça-feira, 18/11, à reunião conjunta das comissões de Educação, de Finanças e Orçamento e de Cultura, Ciência e Tecnologia, presididas por Carlinhos de Almeida (PT), Luiz Gonzaga Vieira (PSDB) e Célia Leão (PSDB), respectivamente, para falar sobre as atividades desenvolvidas pela universidade e sobre expansão de vagas para diversos cursos.

Segundo Trindade, foram instalados novos cursos em Itapeva, Sorocaba, Registro, Rosana, Ourinhos, Dracena, Tupã e São Vicente. "O programa de expansão de vagas visa o atendimento das regiões localizadas à esquerda do Rio Tietê, respeitando as vocações econômicas."

A Unesp foi criada em 1976 e possui 33 faculdades e institutos distribuídos em 23 cidades do Estado, que contam com 167 cursos de graduação e 27 mil alunos. "Para o último vestibular (2004) se inscreveram 109 mil pessoas para 6.310 vagas", apontou Trindade.

A instituição tem ministrado cursos pré-vestibular para alunos carentes do ensino médio. "Isso tem possibilitado que esses jovens tenham mais chances de concorrer a uma vaga em universidades públicas."

Esclarecimentos

Simão Pedro, deputado do PT, perguntou se há perspectivas para a instalação de unidade da Unesp na região de São João da Boa Vista e de Casa Branca e se há previsão de contratação de novos professores.

O reitor afirmou que estudos apontaram uma urgência maior da necessidade de novas instalações da Unesp à margem esquerda do Tietê. "Quanto aos professores, realizamos concurso público e suprimos 42 vagas de docentes com candidatos de alto nível, inclusive, com doutorado."

A carência de vagas na região de São José dos Campos foi o problema apontado pelo deputado Carlinhos de Almeida. "Enquanto a média do Estado é de uma vaga para 400 habitantes, a de São José é de uma vaga para mais de 600 alunos", citou Almeida.

Trindade reconheceu a gravidade do problema daquela região, mas disse que não há, no momento, projeto de novo campus para São José. Segundo ele, o que a Unesp tem estudado é a ampliação do campus existente.

O deputado Vicente Candido (PT) perguntou qual a postura da universidade frente às cotas reservadas aos negros.

O reitor afirma que dos 18 milhões de jovens entre 18 e 24 anos apenas 3 milhões são atendidos pelo ensino público. "Não concordo com a criação de cotas especiais em razão da raça, uma vez que o acesso à universidade é dificultado pela condição social", declarou, afirmando que quando se atende aos estudantes com dificuldades econômicas, se atende a pertencentes a grupos étnicos compreendidos nesse segmento.

Luiz Gonzaga Vieira (PSDB) indagou sobre a situação jurídica do campus de Iperó, cujos cursos estão funcionando em Sorocaba.

"Houve um entendimento equivocado de que a universidade causaria impacto ambiental negativo ao patrimônio histórico da Fazenda Iperó", informou o reitor. Segundo ele, a Unesp dispõe de elementos, fruto de estudos sobre desenvolvimento sustentado, e contribuirá para a preservação ambiental da região, "que hoje conta com um patrimônio abandonado".

Os deputados do PFL, Aldo Demarchi e Gilson de Souza, perguntaram sobre os novos campi de Rio Claro e de Franca.

De acordo com Trindade, existe proposta de financiamento junto ao BNDES nesse sentido, em fase final de avaliação. "O projeto prevê campi em Franca, Rio Claro e São Paulo. Tivemos problemas com a documentação dos terrenos em Rio Claro e São Paulo, mas já resolvemos o impasse das escrituras, o que nos permite fazer nova gestão junto ao banco para que as três cidades tenham os novos campi."

Roberto Engler, deputado do PSDB, sugeriu o desmembramento de Franca do projeto, para que a cidade possa ser atendida, uma vez que sua área não apresentou problemas legais.

Trindade descartou essa hipótese e assegurou que a Unesp manterá o projeto nos termos atuais.

Ao deputado Edson Gomes (PFL), o reitor informou que o campus de Ilha Solteira foi o mais beneficiado no programa de expansão com cerca de 4 mil vagas.

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