Comissão ouve representante do Consórcio Via Amarela


07/03/2007 21:20

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Fábio Andreani Gandolfi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Metro FabioAndreaniGandolfo02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por delegação das cinco empresas que compõem o Consórcio Via Amarela, o engenheiro Fábio Andreani Gandolfi participou nesta quarta-feira, 7/3, da reunião da comissão de representação que acompanha as investigações do acidente da linha 4 do Metrô. Como representante legal do consórcio, ele destacou que a licitação para as obras dos 13 quilômetros da linha 4 teve caráter internacional, e que as empresas vencedoras mostraram capacidade técnica para a execução desse projeto tão complexo.

Segundo Gandolfi, o Via Amarela conta com equipe de mais de 40 engenheiros na obra, trabalha com as oito melhores empresas projetistas do país e tem a colaboração de consultores de países como a Alemanha, Itália e Noruega.

Referindo-se ao contrato com o Metrô, o engenheiro disse que ele tem despertado algumas confusões porque é diferente do que se pratica em obras públicas no Brasil, mas é transparente.

Questionado sobre as indenizações às famílias das vítimas do acidente na estação Pinheiros, Gandolfi pediu a colaboração de Antonio Aparecido Aróia Ibarra, responsável pelo acompanhamento das famílias e presente à reunião. Ibarra informou que já foram feitos acordos com 5 das 7 famílias vitimadas. Dos 192 imóveis atingidos, 7 foram condenados, 78 interditados e os restantes deverão sofrer reforma. Desse total, 25 casos já foram resolvidos. "A necessidade de vários laudos e os processos de levantamento de interdição das casas pela prefeitura têm atrasado um pouco a efetivação dos acordos", conclui.

Em resposta a questionamento do deputado Nivaldo Santana (PCdoB) sobre o termo de ajustamento de conduta assinado pelo consórcio em reunião com o Ministério Público, o IPT e o Metrô, depois do acidente da linha 4, Fábio Gandolfi disse que o termo "é uma forma de dar satisfação à sociedade, até com certo excesso de zelo".

O engenheiro defendeu a segurança e a qualidade da obra, afirmando que o acidente na estação Pinheiros aconteceu de forma abrupta e que nesses casos é muito difícil ter procedimentos mais rápidos para evacuação de área. "É como queda de avião. Não há tempo para avisar as pessoas que estão em terra", comparou.

Por duas vezes o representante do consórcio afirmou que a decisão sobre o contrato foi do governo e que não é verdade que no modelo turn key haja menor fiscalização por parte do contratante. Ele destacou que a lei de licitações é muito clara quanto à responsabilidade dos órgãos públicos na fiscalização. Segundo ele, o Metrô tem uma grande equipe para esse trabalho e "cabe ao cliente definir como melhor fiscalizar".

alesp