Matéria, cor e luz se tornam sinônimos no abstracionismo geométrico de Baby Gras


29/06/2005 14:53

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Obra "Naves", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/BabyGras quadro.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Baby Gras, pseudônimo artístico de Bárbara Juana Maria Gras<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Baby Gras.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de Baby Gras se inscreve, de certo modo, no filão do abstracionismo geométrico, tipo Kandinsky, Max Bill, entre outros, embora seu interesse seja mais metafísico e se dirige à relação entre forma e matéria.

A artista tem predileção pelas formas compactas e maciças. Sua ênfase está na cor, nas transparências e nas modulações da matéria arranhada, raspada ou com incrustações e não no estritamente pictórico. Matéria, cor e luz tornam-se quase sinônimos em suas obras recentes.

A evolução física e espiritual do ser humano através da história e o impacto da tecnologia moderna aproximam-se do atual universo de Baby Gras. A capacidade de evolução da artista, que tem suas origens no design, lhe permite renovar-se sem cessar, seja na forma adequada à expressão de uma sensibilidade tanto introspectiva quanto profundamente sentida pela contemporaneidade.

A obra "Naves", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, reflete uma linguagem que está nos limites entre o abstrato e o figurativo geométrico e onde o anedótico deixa lugar ao símbolo, ao intemporal da expressão estética.

A Artista

Baby Gras, pseudônimo artístico de Bárbara Juana Maria Gras, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1955. A partir de 1969 transferiu-se com a família para São Paulo, onde se naturalizou brasileira.

Iniciou-se na pintura no atelier de Walter Lewy (1974 / 1975), freqüentou cursos de pintura, propaganda e marketing na Escola Panamericana de Arte (1975 / 1976); desenho tridimensional, escultura e joalheria no Cabrillo College em Santa Cruz, Califórnia, EUA (1978); estilismo com Marie Ruky no Studio Berçot em Paris, França e na Casa Rhodia, SP (1989); pós-graduação em design têxtil no Central Saint Martins School of Art and Design, Londres, Inglaterra (1992 / 1993); escultura com Nikolas Vlavianos (2003) e pintura com Gregrório Gruber ambas na Faculdade Armando Álvares Penteado, SP (2004).

Participou das seguintes exposições de pintura: Circolo Italiano, SP (1975); Cultura Inglesa, SP (1976); Galeria Amauri, SP (1978); Espaço Cultural do Clube Harmonia, SP e no Clube de Campo São Paulo (2000); Espaço Cultural Senac, Campos do Jordão, SP; Espaço Cultural Café Mix, Ilhabela, SP; Auditório Claudio Santoro, Campos do Jordão, SP (2001); Casa da Cultura de Ilhabela, SP; Espaço Cultural Madelleine, SP; Espaço Cultural Cristal, SP (2002); Espaço Cultural Albert Einstein, unidades Morumbi e Jardins, SP (2003); Espaço Acqua-Cambury, litoral norte, SP (2004); Espaço Mariola Lounge, Granja Viana, SP; Maresias Fashion Beach, Maresias, SP; Espaço Cultural Juquehy Praia Hotel, Juquehy, SP; II Mostra Darcy Penteado, Galeria Cassiano Araújo, SP (2004); Galeria Gourmet, RJ e Mosteiro de São Francisco, Chaves, Portugal (2005).

Paralelamente, participou importantes exposições têxteis: II Expo Bilateral, Intercâmbio Industrial Brasil-Argentina, Buenos Aires (1989); III Studio Internacional de Tecnologia de Imagem, Sesc/Senac/Unesp, SP (1993); II Mostra de Designers de São Paulo, Fiesp/Detec, SP (1995); "Brasil Faz Design", Museu da Casa Brasileira, São Paulo e em Milão, Itália (2000); "500 anos Design Brasil", Pinacoteca do Estado, SP (2001).

Recebeu numerosos prêmios, entre eles o "Prêmio Museu da Casa Brasileira", SP (1988, 1990, 1994) e o 1º Prêmio da II Bienal Brasileira de Design de Curitiba, PR (1992).

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