Museu de Arte - Ada Toscanini transforma sua obra em verdadeiro "puzzle" usando elementos geométricos manipuláveis


13/05/2009 16:27

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Obra da série Mandalas III<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/Mandalas20III20b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra da série Mandalas III<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2009/Mandalas20III20a.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Revelando uma preocupação de integrar a arte à vida do quotidiano, a pesquisa de Ada Toscanini se traduz também com uma abertura às artes aplicadas e à decoração. Algumas de suas pranchas são realizadas sobre madeira de forma artesanal e na sua maioria são abstrações sobre estruturas geométricas baseadas no círculo ou no triângulo, com sulcos e barrados incrustados.



A decomposição formal da fase analítica à reestruturação sintética que apareceu nas artes imediatamente após o término da 1ª Grande Guerra parece ter inspirado, no início do novo milênio, a artista Ada Toscanini a elaborar suas obras.



Ada Toscanini dispõe os materiais " geralmente madeira ou telas ", experimenta sua consistência e apresenta-os com manipulações de massas e tintas inscrevendo-as em zonas geométricas, onde o círculo é predominante. Trata-se de uma passagem importante realizada sob o signo de uma pesquisa lingüística, próxima de semânticas mensagens e toda direcionada à autonomia do significado.



Para transformar o espaço empírico em espaço plástico bastou para a artista uma arquitetura mínima, reduzida a elementos estruturais como se fossem peças de um "puzzle".

Sem a ambição de resultados conclusivos e globais, a pintora prepara o observador institucionalizando a pesquisa como "tensão". Nessa estrutura, o exemplo é paradigmático e a seqüência é determinada com ritmos binários ou ternários.



A exemplo de Juan Gris, que afirmava no livro "L"esprit nouveau" em 1921, "trabalhar com os elementos do espírito onde experimentava concretizar o que é abstrato", Ada Toscanini procura pintar em nossos dias o invisível, o contrário da negação. Evitando, entretanto, todo caráter anedótico, realiza uma obra praticamente abstrata e a esquematiza dividindo-a em diferentes partes até representar uma síntese da idéia da figura geométrica e sua essência.



Renunciando ao tradicional quadro de cavalete, sua arte se abre a formas diversificadas de expressão, que pode alcançar a própria decoração cênica. Na obra "Mandalas III", doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista despolia a realidade enquanto a estrutura, precisa e segura, é dissociada da viva superfície cromática.



A Artista



Ada Toscanini, pseudônimo artístico de Ada Cristina Garcia Toscanini, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1955, onde realizou seus cursos básicos e iniciou o curso de biologia na Faculdade de Ciências Exatas da capital Argentina (1978).



Transferindo-se para o Brasil, cursou educação artística na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1994), onde obteve licenciatura plena (1995). Fez pós-graduação em arteterapia na Universidade São Judas Tadeu em São Paulo (2003). Paralelamente realizou na Argentina cursos de música no Conservatório Nacional de Buenos Aires, cerâmica e desenho artístico no Instituto Modern School.



Possui um ateliê terapêutico de arte e dirige o Instituto Cultural Mercado Arte Empreendedor. Fundou e preside a Associação Paulista para Altas Habilidades / Superdotação.



Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1994); "100 anos da EEPSG Prudente de Moraes", "Contemporâneo", Salão de Artes Plásticas São Bernardo do Campo (1995); Mostras "Elementos da Natureza"; "Pirot -Art" e "Livre", Esporte Clube Banespa (1996, 1997 e 1998); "Cores e Formas", O´Neil´s Bar& Grill (1999); Espaço Cultural Almeida Junior, Itu, SP (2000); "Cores, Formas e Emoções", Centro Cultural da Marinha de São Paulo (2002 e 2003); "A Primavera", Espaço Cultural Estação Júlio Prestes; Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (2002); "449 anos de Fundação da Cidade de São Paulo" e "Folia Colorida", Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (2003) e "O filho do sol", Prodam, SP (2004).



Recebeu a Menção de Honra no Salão de Artes Plásticas São Bernardo do Campo; Medalha de ouro no Espaço Cultural Júlio Prestes; Palheta de ouro e a Ordem do Mérito das Artes Plásticas na Biblioteca Municipal Mario de Andrade.

Possui obras em coleções particulares na Argentina, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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