Deputado quer mais rigor contra comércio de camarão exótico


07/12/2004 15:26

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Deputado Fausto Figueira em reunião com proprietários de algumas náuticas da ilha Caraguatá<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/fausto camarao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Fausto Figueira

O deputado Fausto Figueira (PT) vai cobrar das polícias Federal e Ambiental e do Ibama maior fiscalização nas náuticas da Ilha Caraguatá, em Cubatão, para combater a venda irregular da espécie de camarão exótico conhecida como Vanamey ou Camarão do Pacífico. O compromisso foi assumido pelo parlamentar durante reunião realizada na segunda-feira, 6/12, na Náutica Peres, com a presença de proprietários de algumas náuticas da ilha.

Na ocasião, Figueira propôs também encaminhar ao Ministério Público do Estado denúncia de que as fiscalizações são apenas esporádicas e que agentes da Polícia Ambiental, segundo os representantes das náuticas, estariam sendo coniventes diante das práticas ilegais. As sugestões dos proprietários serão anexadas aos ofícios.

"Depois de oito anos, a Polícia Federal veio fiscalizar as náuticas e virá outras vezes", disse Figueira. "O Ibama sabe que existe o problema e o trabalho contra o crime ambiental vai continuar, mas temos que levar em conta que o órgão não tem estrutura para fazer fiscalizações periódicas".

Esta foi a segunda visita de Figueira ao local. Em 1º de julho deste ano, cerca de 12 proprietários denunciaram a formação de um cartel, que estaria beneficiando uma minoria na compra do crustáceo em uma fazenda em Iguape, no Vale do Ribeira. Segundo o Ibama, o criador tem licença para o cultivo da espécie, mas não pode vender o camarão vivo.

Após a primeira visita, Figueira conversou com o delegado regional da Polícia Federal, Augusto dos Anjos, propondo uma ação conjunta entre a Polícia Federal e o Ibama, realizada posteriormente nas náuticas da Ilha Caraguatá e em Iguape. Desde novembro de 2003, o órgão ambiental já autuou várias vezes as náuticas da ilha pela venda desses camarões como isca e vem mantendo visitas regulares ao local. A venda do camarão vivo é crime ambiental por se tratar de uma espécie exótica, cujo impacto ambiental ainda é desconhecido se solta no ambiente.

ffigueira@al.sp.gov.br

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