Ibiúna e Guarulhos lutam pela preservação do meio ambiente


25/11/2003 20:32

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Fábio Belo de Oliveira, prefeito de Ibiúna <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/MeioAmbienteFabioOliveira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O destino do lixo produzido no Município de Ibiúna, com a construção de um aterro sanitário já licenciado pela Secretaria do Meio Ambiente, em vez de solucionar um problema parece ter criado outro: os moradores do bairro Cupim, onde está localizada a área escolhida para o aterro, não querem sua instalação.

O protesto dos habitantes, que foi feito em audiência pública realizada na reunião desta terça-feira, 25/11, da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, e as razões foram expostas ao representante da Secretaria do Meio Ambiente pela representante da Associação de Amigos do Bairro Cupim, Ana Cristina de Araújo. Ana Cristina fez referência a falhas no processo de licenciamento e na escolha do local, pois o terreno é em declive e termina num braço de represa que serve à captação de água pelos pequenos produtores rurais. Além disso, é vizinho de um loteamento legalizado pela Prefeitura.

A favor do aterro, o prefeito de Ibiúna, Fábio Belo de Oliveira, relatou a dificuldade de levar adiante a obra. Os recursos estão disponíveis, o processo de licenciamento concluiu-se, o Ministério Público Estadual pressiona a Prefeitura a remover o lixão, localizado no Centro da cidade, com a aplicação de multas que oneram o município.

Representando a Secretaria do Meio Ambiente, Pedro Steck, diretor técnico do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental da pasta, fez minuciosa exposição do processo de licenciamento da área, contestando as acusações dos moradores e apresentando fotos aéreas do local.

À audiência estavam presentes vereadores de Ibiúna e representante do sindicato rural local.

Contaminação de aterro em Guarulhos

A possibilidade de que resíduos tóxicos provenientes das obras de rebaixamento da calha do Rio Tietê estejam sendo depositados em um aterro para material inerte em Guarulhos foi o assunto de requerimento, apresentado pelo deputado Sebastião Almeida (PT), que propõe a convocação dos secretários estaduais Mauro Arce, dos Recursos Hídricos, e José Goldemberg, do Meio Ambiente, do presidente da Cetesb, Rubens Lara, e do DAEE, Ricardo Daruiz Borsari, para esclarecer o assunto.

Após muita discussão, os deputados da situação e da oposição chegaram a um acordo: formalizarão convites às autoridades e a comissão fará requerimento de informações às duas Secretarias Estaduais, a fim de obter esclarecimentos prévios a respeito da denúncia.

Sob a presidência do deputado Vinícius Camarinha (PSB), estiveram presentes à reunião Jorge Caruso e Baleia Rossi (PMDB), Rodolfo Costa e Silva, Ricardo Tripoli e Vanderlei Macris (PSDB), Jonas Donizete (PSB), Ricardo Castilho (PV), Antonio Mentor, Roberto Felício, Ítalo Cardoso, Cândido Vaccarezza e Marcelo Cândido (PT).

alesp