Sombra e luz nas obras de Emília Kitano criam atmosfera próxima ao realismo flamengo

Emanuel von Lauenstein Massarani
16/04/2004 14:00

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Obra Cerâmica japonesa, doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Emilia Kitano obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Emília Kitano<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Emilia kitano.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Acervo Artístico

A personalidade de Emília Kitano nasce com a escolha e a impostação construtiva do tema que ela deseja representar. Concretiza a sua individualidade com uma cuidadosa escolha da escala cromática, elaborando a visão objetiva de um processo interior que a leva a transformar a mesma realidade em outra, personalíssima, onde os mesmos elementos da composição assumem peculiares acentuações.

A artista tem a capacidade de propor, particularmente nas suas naturezas-mortas, temas e caracteres que nos transportam ao realismo flamengo, quente e palpitante.

Kitano enriquece o próprio estado de ânimo, valendo-se de um bom conhecimento da técnica que vem desenvolvendo sob a orientação de Maurício Takiguthi. Ela consegue captar sons imperceptíveis, mas comunicáveis através do próprio trabalho, usando uma linguagem humana, que encontramos no próprio caráter da obra pictórica, perfeitamente amalgamada com o da própria artista.

Com suas obras, ela tem o poder mágico e maravilhoso de nos transportar atrás no tempo e nos fazer degustar objetos, frutos e ambientes cobertos por uma pátina dourada, sutil, mas palpável, que consegue emocionar e fazer vibrar as cordas mais sutis da sensibilidade do observador.

A artista se diferencia de muitos outros pela atmosfera que consegue criar, fundindo sombra e luz sobre uma específica superfície com matéria densa, com efeitos de porosidade próprios da cerâmica.

Essa fusão entre caracteres e significados alcançada pela artista é evidente na obra Cerâmica japonesa, doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, na qual, com original personalidade, valoriza sua criação exclusiva.

A Artista

Emília Kitano, pseudônimo artístico de Emília Hemi Toyoda Kitano, nasceu em Suzano, São Paulo, em 1955. Formou-se pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp como cirurgiã-dentista e, recentemente, descobriu sua vocação no campo das artes plásticas.

Desde 2001 está seguindo cursos de pintura e desenho com o destacado artista e professor Maurício Takiguthi, utilizando a técnica de pintura realista.

Participou e foi selecionada nos seguintes salões de arte: XI Sabbart - Salão Brasileiro de Belas-Artes de Ribeirão Preto, SP; 2º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo; 15º Salão de Arte da Associação Comercial de São Paulo, Regional de Pinheiros (2002); e 18º Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG (2003).

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