Eduardo Nobre: riqueza de temperamento e segura consciência estilística

Emanuel von Lauenstein Massarani
01/12/2003 14:00

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Eduardo Nobre<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/eduardo nobre.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Natureza morta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Nobre1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As obras de Eduardo Nobre, de modo especial suas naturezas mortas, operam um encantamento. Elas captam a atenção do espectador que, até mesmo sem desejá-lo e como projetado num mundo mágico e genuinamente poético, se encontra improvisamente envolvido pela misteriosa e harmônica atmosfera de cada obra.

A pincelada rápida e sábia, a dosagem tecnicamente perfeita das cores, o traço seguro, sempre inspirado e vibrante, são o fruto de uma séria pesquisa mas também de um sincero amor pela pintura. Elas testemunham a seriedade desse pintor que, recusando polemicamente toda solicitação de vanguarda, permanece fiel ao seu mundo interior, dando prova de uma coerência e de uma seriedade profissional, tanto mais apreciáveis num momento onde os valores tradicionais são cada vez mais envolvidos pelo gosto da moda e do interesse.

Seja no aprofundar da imagem, seja na linguagem expressiva, Eduardo Nobre confirma a riqueza de seu temperamento e o envolve com uma segura consciência estilística. O artista descarta toda sedução pelo pitoresco e pelo efeito fácil e consegue assim uma pintura robusta, larga e meditada da composição.

Capaz de intensa emoção, expressa com profundidade e cuidadosa força de acentuações, a obra "Natureza morta", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, é resultado de uma paleta de cores quentes e vibrantes que utiliza vigor na pincelada e na consistência do tecido pictórico e matérico.



O Artista

O artista plástico Eduardo Nobre, pseudônimo artístico de Eduardo Nobre de Menezes nasceu em Jaboticabal, SP, no ano de 19. Concluiu sua escolaridade primária em sua cidade natal passando a dedicar-se à pintura a partir de 1996. Realizou Workshops com os artistas plásticos Siegbert Franklin em Jaboticabal e Cristophe Spotto em Araraquara.

Realizou diversas mostras individuais em Jaboticabal e cidades da região. Participou da 1ª e da 2ª Bienal de Artes de Jaboticabal (1999 e 2001); I Território da Arte de Araraquara; na Mostra da Juventude; além de marcar sua presença como artista na fase regional do Mapa Cultural Paulista, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura em Brodowski (2003) e na Mostra Latinidades realizada pelo SESC de Ribeirão preto.

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