Ensino técnico é sinônimo de emprego


16/09/2008 15:45

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O levantamento realizado pelo Centro Paula Souza com ex-alunos que concluíram o curso técnico em 2006 mostra hoje o que o presidente Lula enxergou quando tomou posse em seu primeiro mandato presidencial, em janeiro de 2003. Segundo o levantamento, o grau de empregabilidade dos tecnólogos formados pelas Faculdades de Tecnologia (Fatecs), do governo do Estado, é de 93,2%.

Os dados revelam ainda que entre os tecnólogos empregados, 95,7% têm vínculo formal de trabalho, dos quais 71% com carteira assinada, 15,8% são servidores públicos, 3,7%, microempresários e 3,7%, autônomos regulares. A indústria é o setor que mais emprega, com 24,8%, seguida dos ramos de informática (22%), serviços (21,3%), comércio (6,7%), educação (6,4%), saúde (5%) e agricultura (0,6).

O que Lula enxergou logo após tomar posse foi a estagnação no número e no conteúdo dos currículos das escolas técnicas federais. Criadas em 1909, o Brasil contava em 2002 com apenas 140 instituições da Rede Federal de Educação Profissional. O presidente lançou então o maior plano de expansão da educação profissional e tecnológica da história do país. Nos últimos cinco anos, já entregou à população 45 novas unidades das 64 previstas na primeira fase do plano. As outras 19 serão entregues nos próximos meses.

A segunda fase, já em andamento, prevê a construção de mais 150 escolas técnicas. Estão sendo escolhidos os terrenos e a aprovação dos projetos arquitetônicos está em andamento, bem como os processos licitatórios para as obras. Até 2014, quando está prevista a conclusão desta fase, o Brasil terá 354 unidades, correspondentes a 500 mil alunos matriculados. Ou seja: em pouco mais de 10 anos, o Brasil terá uma vez e meia a mais o número de escolas construídas nos últimos 100 anos.

O governo Lula também adaptou o conteúdo das escolas técnicas ao novo cenário econômico e produtivo estabelecido a partir dos anos 1980, com o emprego de tecnologias complexas. Para atender a demanda das empresas por trabalhadores com níveis de educação e qualificação cada vez mais elevadas, as instituições federais vêm diversificando os programas e cursos. Contam com infra-estrutura física, laboratórios, equipamentos, salas de aula, bibliotecas e centros esportivos adequados aos novos tempos.

O maior desafio do ensino técnico são os investimentos iniciais para a construção das escolas e abertura de novos cursos. É preciso dinheiro para erguer prédios, contratar educadores especializados, adquirir material específico para cada curso e maquinas de última geração. O presidente Lula, que saiu do curso de torneiro-mecânico do Senai direto para o emprego, quer propiciar aos jovens brasileiros a mesma oportunidade recebida por ele há quase 50 anos.



dpbraga@al.sp.gov.br



*Donisete Braga é deputado e 1º secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de São Paulo

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