Museu de Arte - Carlos Araújo: sob inspiração divina traça o caminho do homem ao seu Criador


08/04/2009 14:04

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Estudo para uma figura biblica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/MUSEUEstudobiblico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Araújo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/MUSEUCarlo araujo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As obras de Carlos Araújo não se concluem onde termina a pintura, elas continuam. Elas parecem ter nascido antes de serem pintadas. É justo, pois, que vivam também além da superfície estrutural. Um sopro espiritual e etéreo envolve suas criações. Trata-se de um sopro que inefavelmente continua muito além.



Ao observarmos sua pintura não nos perguntamos o que é, mas quem é seu autor. Carlos Araújo é um artista além de sua obra. Seu trabalho não é tão somente para ser visto. Não pode ser julgado como o olhamos ou como se julga uma pintura nascida diretamente do olhar, da pincelada, da cor, das relações dos tons. Cada uma de suas obras nasce como nascem os mundos. Cada obra é um mundo à parte. Podemos julgar o mundo?



Seu discurso possui um grande impulso criativo que se adequa à natureza onde o sentimento permanece aquém da emoção. O movimento emotivo precede a interpretação, domina a escolha do tema, seleciona os dados que permeiam a esfera da congenialidade à sua sensibilidade artística.



Inspirando-se na técnica do "glacis", através da aplicação e superposição de uma série de camadas de cores finas, Carlos Araújo consegue um cromatismo extremamente sutil e vibrante. E, como resultado, alcança uma visão sobrenatural com diversas dimensões e profundidades.



Frente a suas telas nasce uma nova relação que é, antes de tudo, uma segurança interior das motivações a serem alcançadas. Os seus temas bíblicos são escolhidos com profunda e religiosa pesquisa, o que revela como a expressão pictórica, tem na base a inspiração Divina.



Na obra "Estudo para uma figura biblica", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e pertencente à série de obras incluídas na Bíblia citações, cujo primeiro exemplar foi entregue a Sua Santidade o Papa Bento XVI por ocasião de sua visita a São Paulo, as imagens do pintor constituem relato expressivo e representação vigorosa das passagens mais representativas das Sagradas Escrituras. Não há duvida que o espírito criativo e a grandeza da obra fazem de Carlos Araújo, o Michelangelo do novo Milênio.



O Artista



Carlos Araújo, pseudônimo artístico de Carlos Alberto de Araújo Filho, nasceu em São Paulo em 1950. Formou-se em engenharia pela Universidade Mackenzie de São Paulo (1975).



Autodidata, começou seus primeiros estudos de pintura com o painel "Alegoria para o carnaval" (1963). Em 1973 foi convidado a participar da exposição "Imagens do Brasil", em Bruxelas com a obra "O próximo passo", executada dez anos antes. Sua primeira exposição individual foi realizada em 1974 no Museu de Arte de São Paulo. Em 1979, criou o painel intitulado "Independência" para a exposição "5 séculos de arte no Brasil", realizada no MASP. Naquele mesmo ano, no mesmo Museu apresenta uma exposição com temática matafísica em grandes painéis incluindo "O ultimos dos Tapuias", "O centauro de Bourdelle brincando com a morte" e "Sonhos de São Jorge".



Por ocasião da beatificação do Padre José de Anchieta, sua obra "Anunciação" foi doada pelo governo de São Paulo à Sua Santidade o Papa João Paulo II. Desde 1980 a obra encontra-se nos Museus do Vaticando. A obra "Os operarios" (1981), encomendada pelo Banco Itaú, marcou o ínicio da fase social de sua pintura. Em 1984 realizou uma exposição no Museu de Arte Brasileira, da Faap, onde revelou o carater ambíguo de seus personagens. Em 1987 realizou nova mostra individual no MASP, ocasião em que foi lançada uma monografia de sua obra editada por Claude Draeger de Paris. A convite da Galeria Fürstenberg, realizou em Paris uma exposição em 1989, ocasião em que lança "Os quatros cavalheiros do Apcalipse". A Fundação Danielle Miterrrand de Paris, em 1993, encomenda-lhe o painel "Meninos do Brasil".



Desde 1994 inicia o projeto de ilustração de grandes paineis e litografias para a edição completa da Biblia Sagrada. Cenas dessa obra são apresentadas no ano 2000 na Praxis International Art, em Nova York. Em 2007 foi premiado pela Bienal Internacional de Arte de Florença ocasião em que apresentou diversas obras e o lançamento da Bíblia.

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