Lúcia Mondelo transforma ritmo interior e vibração espiritual em sentimento e poesia

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
17/05/2007 15:12

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<i>Revolução de Energias</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MondeloObra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lúcia Mondelo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Mondelo100303.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Mondeloquadros.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Evolução</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MondeloObra1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As obras de Lúcia Mondelo não nascem de alquimias culturais nem são o resultado de modelos recolhidos no perímetro da pintura informal. A mão da artista lança sobre a tela branca pinceladas de cor, pinta em ritmo febril morfologias que a emotividade transfere às margens do informal.

A sua intensidade rítmica e cromática pode evocar a revolução dos fauves, aqueles tubos de tintas jogados como cartuchos de dinamite contra as paisagens do pós-impressionismo. A pesquisa de Lúcia Mondelo propõe um acordo entre natureza e sentimento, a união mística entre a arte e o mundo que Paul Klee, Macker e Mark projetaram às vésperas do abstracionismo. Esses artistas estavam convencidos de que cromatismos fortes e deformações gráficas fossem "mais verdadeiros que a verdade formal".

Sua obra transmite uma forte alegria dos sentidos, onde o orgânico e o espiritual se soldam numa triunfante unidade existencial. A matéria que Kandinsky afastava dos territórios da arte aqui é aceita como lugar de encantos e metamorfoses. A respiração fisiológica das morfologias assumidas nos temas pictóricos transforma-se em ritmo interior, vibração espiritual, isto é, sentimento e poesia.

O tríptico Evolução e a obra Revolução de Energias, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, bem demonstram a relação dialética entre cor e forma. O ritmo representa o momento instintivo e lírico da obra, enquanto a forma contém o seu lado racional e oferece o sistema de contenção das pulsações criativas da artista.



A artista

Lúcia Mondelo nasceu no Rio de Janeiro, em 1950, onde residiu até 1970, quando se transferiu para New York, tendo lá finalizado seus estudos no Hunter College of the City University of New York. Em 1979, mudou-se para São Paulo, onde reside até hoje.

Professora de inglês licenciada pela Universidade Mackenzie, iniciou suas atividades artísticas em trabalhos de pátina, decapê, satin e restauro de móveis, desenvolvendo técnicas próprias em texturas, tendo executado inúmeros trabalhos.

Realizou, também, cursos no ateliê do artista plástico André Lombardi e participou de vários workshops monitorados por Áurea Fernandez, Lucia Schwery, Cleide Moreira, Maurício Farias e Juliana Alves.

Participou de inúmeras exposições coletivas: Casa e Jardim, São Paulo (1997); Cofrart " Conexão Fraterna de Arte, São Paulo (1998); Coletiva de Arte Vinhedo, SP (2000); Mostra Casa e Jardim, São Paulo (2001); Equipotel " Espaço Contemporâneo, São Paulo; Galeria de Artes Lalique e Galeria Raridades, Curitiba (2002); e Espaço Cultural V Centenário, São Paulo (2004).

É membro da Associação dos Artistas Plásticos de Santo Amaro (AASA) em São Paulo e possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, destacando-se entre eles: Coleção José Orlando Lobo; Gilberto de Abreu Sodré e Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp