Reposição para policiais

Representante da Associação de Policiais Civis e Militares (Asbra), Clóvis de Oliveira pediu a colaboração de seus colegas de São Paulo para realizar abaixo-assinados em favor do projeto de reposição para policiais que trabalhavam no período de 1964 a 1969. Segundo ele, a proposta, que é de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e tem a assinatura de 172 parlamentares, prevê uma promoção para cada um dos beneficiados. "É uma medida de justiça", disse.

Criança na escola

"Quero denunciar mais um deputado inimigo da escola pública, dos alunos e do Brasil: é Carlos Giannazi", disse Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa). Ela criticou o projeto de Giannazi que limitaria a 35 o número de estudantes por sala de aula. "Se cada escola tiver um aluno a menos nas classes, por causa desse projeto, serão 75 mil a mais fora da escola", garantiu. Para Cremilda, o projeto pretende apenas agradar os professores.

"Bandidos com farda"

Robson César Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, denunciou membros da Guarda Civil Metropolitana, que teriam agredido um morador de rua nesta quarta-feira, no vale do Anhangabaú. "Trata-se de uma atitude de bandidos com farda e sem tarjeta de identificação", avaliou. Para o orador, "o comando incompetente, que não pune, é que permite esse tipo de ação".

Cadastro eleitoral

Mudanças nas regras das eleições para os conselhos tutelares da cidade de São Paulo foram criticadas por Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste. Ele afirmou que grupos ligados a partidos estão propondo que a comunidade vote não mais no local onde reside, como determinaria a legislação em vigor, mas de acordo com a zona definida pelo título de eleitor. O objetivo, segundo ele, seria criar um cadastro eleitoral.

Perseguição

Os ambulantes de Cidade Tiradentes estão sendo maltratados e perseguidos pela subprefeitura, denunciou Cícero Santos da Silva, presidente da Associação dos Ambulantes e Comércios Fixos local. "As barracas não só estão sendo retiradas, como destruídas por tratores", afirmou. Ele reivindicou a liberação de termos de permissão de uso para que os ambulantes possam trabalhar. "Eu peço a ajuda do prefeito, porque acredito em seu trabalho", concluiu.

Saúde e emprego

Unidades de saúde superlotadas, falta de tratamento adequado, número insuficiente de funcionários e médicos. Segundo José das Mercês de Freitas, da Associação de Moradores de Vanguarda do Jardim Icaraí, este quadro poderia ser mudado se houvesse mais emprego para a população. "As empresas têm convênio médico, e isso desafogaria o atendimento em hospitais públicos", avaliou.

Orçamento omisso

Segundo o líder dos Moradores do Jardim Tremembé, Sílvio Luiz Del Giudice, embora seja enorme o Orçamento do Estado de São Paulo, não há uma justa priorização dos problemas enfrentados, no dia-a-dia, pela sociedade. "Não se investe em infra-estrutura, segurança ou sistemas que possam disponibilizar mais empregos à população. Os partidos políticos, por sua vez, ignoram as mazelas do povo."

Nada de bônus

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, discorreu sobre a má qualificação dos professores da escola pública, que faltam a 25% das aulas que deveriam dar, usando esse tempo para lecionar em escolas da rede privada de ensino. Isso, na sua visão, se configura em gazeteação. Esses profissionais não deveriam receber bônus no final do ano.

Imposição aos médicos da Imesp

A denúncia de Sávio Nogueira Holanda, da Imprensa Oficial do Estado, é contra a proibição dos médicos daquela instituição de perguntar sobre particularidades das doenças que acometem os seus trabalhadores. Entende que esse comportamento da direção do local deveria chamar a atenção do governador do Estado, que deveria procurar saber do porque dessa imposição de silêncio, pois considera como ditatorial e impróprio esse procedimento.

Secretário suprapartidário

O representante do Instituto de Educação de São Paulo, Anderson Cruz acusou os cortes no sistema de educação municipal realizados, na gestão de Marta Suplicy, pelo então secretário municipal, João Sayad, que redirecionou as verbas para outras áreas. "Embora o PT da ex-prefeita não estivesse comprometido com a educação, o PSDB que governa o Estado está no mesmo barco, pois o mesmo João Sayad é atualmente secretário da Cultura".

De olho no orçamento do Estado

Na condição de cidadão, Josemar de Campos Silva avalia que os deputados do PT e PSOL são os mais íntegros da Assembléia Legislativa, pois não estão comprometidos com o poder executivo do PSDB e sua forma de gerenciar o Orçamento do Estado, que afirmou não considerar correta.

Apelo a Fernando Gabeira

Darcy Rosa dos Reis, representando diversos setores carentes da sociedade, direcionou sua fala ao deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), por sua iniciativa de legalizar a atividade das profissionais do sexo. Em sua opinião, essa profissão escraviza a mulher, sendo o pior tipo de servidão. As pessoas que não entenderam Nietzsche, Jesus ou Gandhi também não entenderam esse particular. Em vez da profissionalização em questão, acha ser mais proveitoso proporcionar oportunidade para que essas cidadãs conheçam outras opções de emprego.

Mais recursos para a saúde

Ademar Barros Bezerra, do Sisaúdesp, jurou servir ao cidadão na ocasião de sua formatura. Mas, para isso, o segmento de saúde tem de contar com a infra-estrutura necessária, a ser fornecida pelo governo, o que não acontece.

Punição arbitrária

Rosangela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), mencionou um fato ocorrido numa excursão ao parque Hopi Hari. Segundo ela, a professora que foi monitorava o ônibus encontrou uma garrafa de uísque entre os alunos e puniu seis deles com suspensão de cinco dias. Rosangela critica tal decisão por parte da escola, pois acredita que os alunos foram prejudicados, pois perderam provas e foram reprovados.

Recado ao Governador

Mandar uma mensagem a José Serra foi o objetivo de Mario Luiz Martinho Suzuki, da Comissão de Demitidos da Imesp. Ele afirma que têm ocorrido, na imprensa oficial, fatos que só tiveram amparo na época da ditadura militar. O abuso de poder foi um exemplo citado. Ele reivindica à autoridade estadual que não permita a privatização da Imesp. "Você, Serra, era tido como opositor daquela fase. Espero que o antigo incendiário não tenha virado bombeiro", finalizou.

Atitude reacionária

Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, veio denunciar que funcionários da prefeitura, acompanhados de 50 policiais, estiveram na região para desabrigar cinco famílias que não aderiram à indenização de 5 mil reais proposta pelo município. Josanias questiona para onde essas pessoas serão conduzidas. "Vão para debaixo da ponte?" Ele condenou ainda a abordagem por parte de um engenheiro que compunha o grupo, que ameaçou processar as pessoas coniventes à permanência dos ex-moradores.

Vergonha da Constituição

Maria Lima de Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, destacou as duas datas comemorativas de novembro, 15 e 20, quando se comemoram a Proclamação da República e o Dia da Consciência Negra. Para ela, o governador José Serra "é a vergonha dos fundamentos da República". Ela o acusa de não promover o bem comum e não contemplar, na sua gestão, os cidadãos negros, homossexuais, deficientes e catadores de papel.

Oportunidade aos menores

Roberto Rodrigues, da Associação dos Policiais Civis e Militares e Funcionário Públicos dos Estados Federativos do Brasil (Asbra), críticou os supermercados por obrigarem os próprios clientes a empacotarem suas mercadorias, quando esta seria uma ótima oportunidade para a contratação de menores para esta função. Ele defendeu moradia e trabalho digno àqueles que estão nas ruas. "Eu duvido que quem tem emprego vai ser moleque de rua. Está aí a receita. Basta querer", ressaltou.

Violência contra alunos

Vilma Pereira de Godoy Rodrigues, promotora legal popular, condenou a Escola Rui Barbosa, em Taboão da Serra, por cometer práticas violentas contra os alunos. Ela citou que, num desentendimento entre dois alunos, a escola "tomou partido de um deles e o tratou o outro como marginal". Ela censurou também a obrigatoriedade do uso de uniformes e a cobrança das cópias de xerox.