Lídia Madeira: aquarelas intuitivas impregnadas de recordações vivas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
07/02/2008 16:42

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Lídia Madeira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/lidia1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Interior<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/lidia2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As aquarelas de Lídia Madeira são interiores, sentidas, genuínas e possuem o sentido da cor, que é um dote implícito a suas elaborações. As formas, como a luz e a cor, obedecem a um gesto intuitivo, que obtém uma relação de clareza e de movimento. A decantação estética deseja conservar as coisas e as naturezas mortas, uma visão de primeiro ímpeto, uma modulação sem retórica, uma relação de cores.



Suas obras estão carregadas de sugestões históricas, com planos precisos para melhor imprimir a alegria e a impetuosidade do ritmo. O estilo de Lídia Madeira resolve com vibração bem marcante a impostação visual do quadro. E o resultado é uma riqueza formal viva e impregnada de recordações e de alusões óticas.



Uma sinfonia de frutas e objetos antigos constitui suas naturezas mortas que, paralelamente às suas figuras humanas e paisagens, transmitem as emoções vivas e serenas. São composições originais, poéticas e envolvidas por um cromatismo suave e delicado.



As formas, em seus quadros, são o resultado de uma pesquisa conscienciosa e cuidadosa, nas quais se extrínseca a personalidade da artista que caminha no sulco de uma respeitável tradição.



Como pode se verificar através da obra "Interior", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o seu realismo não alcança resultados banalmente ilustrativos, mas permeia, isto sim, as imagens de uma vívida e sugestiva plasticidade e um inegável rigor da composição.





A artista



Lídia Madeira nasceu em São Paulo em 1955. Reside atualmente em Campinas. Desenha e pinta desde a infância, freqüentando cursos de desenho a grafite e a carvão, bico de pena, pintura a guache e a óleo com professores e artistas renomados. Formou-se em artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo e pós-graduação em Restauração de Bens Culturais na Universidade Federal Minas Gerais.



Especializou-se na recuperação de documentos históricos no Laboratório de Restauração da Casa de Rui Barbosa-RJ e no Centro Nacional de Restauracoin Documental y Bibliográfica de Madri e Barcelona. Dedicou-se a esta atividade atuando no Laboratório de Restauração de papel do Museu do Ipiranga USP-SP e na montagem do Laboratório de Restauração de Papel do Centro de Memória da UNICAMP, sob a direção do Professor Antonio Lapa.



Em Piracicaba freqüentou cursos na Casa das Artes Miguel Dutra, e no atelier de Antonio Pacheco Ferraz, de Tuco Amalfi, Cezira Carpanezzi, Manuel Martho, mais recentemente fez o curso de Ilustração Botânica a aquarela com Margherita Leoni (ESALQ) e passou a dedicar-se por completo às aquarelas, incorporando as cores e a luz intensa do sol de Piracicaba. Aqui os desenhos da infância se transformaram em aquarelas.



Recebeu diversas premiações destaque para medalhas conferidas pela APAP (Medalha de Bronze e Menção Honrosa), para Menção Honrosa do Júri do Salão de Belas Artes (2003), Menção Honrosa do Salão de Belas Artes (1998).



Participou da Feira Internacional Maison et Objet Ville Paint - Paris (1998), pintura do interior da Igreja de São Francisco e Santa Clara em Piracicaba (1999), Quadrienal Internacional de Aquarelas em São Paulo (2003), da Exposição Itinerante do Núcleo de Aquarelistas da Faculdade de Santa Marcelina (2003/2004).

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