Os espaços geométricos de Vera Bonatti englobados na síntese "forma-cor-luz"

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/09/2006 18:51

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Vera Bonatti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/VERA-EXPOSICAO-SP.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Geometria do Espaço</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/VERA OBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Desde seus primórdios, por volta de 1918, a arte abstrata manifesta uma grande diversidade de estilos. Sua eclosão não pertence propriamente a um determinado país. Trata-se de um fenômeno universal, típico do século passado, cuja importância começou a ser medida pela primeira vez após a Segunda Guerra Mundial.

Fiel a uma geometria interna do real, mas preocupada em adoçar os ritmos e integrar as estruturas à extensão específica de seu universo, Vera Bonatti direciona sua obra para uma síntese "forma-cor-luz" onde se reconhecem heranças anteriores.

A artista não negligencia os corretivos construtivistas que o cubismo leva a seus quadros, nem, num plano mais sensível, a importância da mancha e do traço como elementos expressivos, vetores da carga emocional do gesto.

Receptiva aos espetáculos exteriores, a artista cria, sem violência expressionista nem especulação gráfica, outros tantos espetáculos interiores que seu olhar reclama, impaciente para transcender, ao contrário de transcrever. E o resultado é constituído por vastos espaços cromáticos com respiros suaves ou sonoros que englobam a forma.

Essa imaginação cósmica do espaço pictórico e esse panteísmo lírico se apóiam sobre delicadas nervuras, cujo principal papel é manter a arquitetura da imagem no centro ordenado da criação. Na obra Geometria do Espaço, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a matéria exerce sua função: fluida ou espessa segundo o que o pincel traça. Ela suscita contrastes de texturas e de cromatismo que demonstram domínio do espaço e audácia na ordem rítmica do quadro.



A artista:



Vera Bonatti, pseudônimo artístico de Vera Lúcia Bonatti, nasceu no Rio de Janeiro, em 1970. Iniciou seus estudos artísticos em 1998, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde cursou pintura com o professor José Maria da Cruz e concluiu os cursos de História da Arte Moderna e Contemporânea e História da Arte Brasileira com a professora Viviane Matesco.

Freqüentou ainda cursos de desenho e modelo vivo com O. Mollica; desenho e outros meios com Carli Portella; textura, desenho e aquarela com a professora Do Karmmo Ferreira e o professor Fajardo; serigrafia com Evani Cardoso; gravura em metal com Bia Amaral e João Atanásio; arte e filosofia com Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale; e cinema e vídeo com Paula Gaetan.

Utilizando as técnicas de desenho, gravura, aquarela, serigrafia, pintura em acrílico e vídeo, participou de inúmeros salões de arte e das seguintes mostras coletivas: "Corredor Cultural Terra Encantada", no Parque Shopping, e "O Léxico do Erótico", no Espaço Cultural Barra Point, Rio de Janeiro (2001); Espaço Cultural do Galeão, Rio de Janeiro, e Espaço Cultural do New York City Center, Estados Unidos (2002); Artexpo 2003, New York, Estados Unidos; Espaço Cultural da Praia Vermelha, Rio de Janeiro; Agência Leblon, Banco Real, Rio de Janeiro, e Espaço Cultural do Via Parque Shopping, Rio de Janeiro (2003); Memorial da América Latina, São Paulo (2004); 5º Caminho das Artes da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, e Batik Internacional Art, Galeria Sala Barna, Barcelona, Espanha; Museum of the Americas, Miami, Estados Unidos (2005), Galeria Spazio Surreale, São Paulo; Galeira IF, Lisboa, Portugal; e Museu de Arte Moderna de Resende, MAM, Rio de Janeiro (2006).

Possui obras em diversas coleções particulares e nos acervos do Ministério do Exército, no Rio de Janeiro, da Galeria de Arte Itália-Brasil, de Itápolis, e do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp