"Foi uma sentença histórica porque é a primeira vez no Brasil que há uma condenação de skinheads pela prática de violência". A avaliação é do deputado estadual Renato Simões (PT-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, sobre a condenação de dois skinheads que participaram do espancamento que matou o adestrador de cães Edson Neris da Silva, em 6 de fevereiro do ano passado.O julgamento dos skinheads Juliano Filipini Sabino e José Nilson Pereira da Silva terminou na madrugada desta quarta-feira, 14/2, com a condenação dos dois a 21 anos de prisão. Junto com outros 16 skinheads, eles espancaram Edson até a morte porque o adestrador de cães estava de mãos dadas com o operador de telemarketing Dário Pereira Neto, que conseguiu escapar da agressão. Edson era homossexual e por isso foi atacado pelo grupo, que discrimina também negros e nordestinos. Outros três acusados do assassinato serão julgados apenas no ano que vem."Houve uma atuação pronta da polícia, que prendeu os grupo quando os assassinos ainda comemoravam o espancamento numa roda de bar", informou o deputado Renato Simões. O parlamentar petista disse também que foi importante a pressão de entidades de defesa dos direitos humanos e de toda a sociedade civil para que houvesse essa condenação.(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Renato Simões - 3886-6301/6302)