Frente Parlamentar Ambientalista discute uso de resíduos sólidos


20/05/2011 20:55

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Teodomiro Diniz e Mário Mantovani<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/DebateResiduosSolidoTeodomiroDinizCamargoseMarioMantovaniROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Resíduos sólidos é tema de discussão da Frente Parlamentar Ambientalista<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/DebateResiduosSolidomesaROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alex Manente, preside Frente Parlamentar <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/DebateResiduosSolidoDepManenteROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Teodomiro Diniz Camargos, Alex Manente  e  Leda Asherrmann<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/DebateResiduosSolidoTeodomiroDinizCamargoDepManenteLedaAschermannROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar Ambientalista, que deu continuidade aos seus trabalhos na sexta-feira, 20/5, foi presidida pelo deputado Alex Manente (PPS) e a mesa de abertura contou com a presença de Mário Mantovani, presidente da SOS Mata Atlântica, Teodomiro Diniz Camargos, representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Tarcisio de Paula Pinto, da I&T Informações de Técnicas em Construção Civil, Paulo Celso dos Reis, da Ecoatitude, Alcioneu Luccino e Petrônio Pereira, funcionários da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), Marcelo Morgado, assessor da Sabesp, Gilberto Meirelles, da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), Leda Asherrmann, representante da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e Eduardo Ferreira, representante do movimento dos catadores de resíduos.

O deputado iniciou o seminário destacando a importância do tema Política Nacional de Resíduos Sólidos e afirmou que debater esse assunto ajudará a trazer bons resultados. Para Mantovani, essa pauta está presente no dia a dia de qualquer pessoa, mas é difícil de ser incorporada, mesmo com todos os programas existentes.

O primeiro palestrante foi Teodomiro Diniz, que comentou a parceria da CBIC com a SOS Mata Atlântica e explicou a intenção de procurar metodologias de construção e gestão de obras que preservem o meio ambiente: "Não basta ser um empresário/construtor, temos que trabalhar num plano de construção sustentável", disse Diniz. Ele apresentou o trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) que defende a ideia da recuperação de edifícios ao invés de sua demolição, e anunciou que no próximo semestre será divulgado o projeto chamado Construção Sustentável, a fim de promover o reaproveitamento de resíduos sólidos, proporcionando sua diminuição menor impacto no ambiente.

Representando a I&T, Tarcisio de Paula indicou o uso de resíduos gerados em reformas e reparos como materiais para construção civil, buscando afastar aspectos negativos, auxiliar o processo das construtoras e melhorar o saneamento básico. Exibiu imagens de lugares que adotaram ou que irão adotar essa prática, entre eles o Parque do Povo, os estádios Mineirão e o Palestra Itália. Paulo Celso reforçou a importância desse investimento com o projeto Ecoatitude que, em uma interação com as cooperativas de catadores, estuda o que uma má gestão de resíduos pode acarretar para o Brasil.

Através de fotos, os funcionários da Codasp, Alcioneu Luccino e Petrônio Pereira, mostraram os resultados do programa Melhor Caminho, que há 14 anos visa recuperar estradas rurais de terra que sofrem de erosão. Segundo eles, cerca de 10 mil quilômetros já foram recuperados. "Isso mostra que o entulho tem solução, que podemos dar outros fins a ele". As imagens retratam o mesmo local em datas diferentes, enfatizando a eficiência de toda a produção.

Gilberto Meirelles, da Abrecon, contrapôs os antecedentes dizendo que na prática funciona diferente. "É um desafio vender reciclagem às empresas, às vezes você tem apoio de uma, mas outra do mesmo grupo não quer, e o que se pode fazer?" questionou, e afirmou que, diferentemente dos departamentos de sustentabilidade, os departamentos comerciais das empresas precisam de mais comprometimento.

Encerrando o seminário, Marcelo Morgado, da Sabesp, discorreu sobre a primeira experiência da empresa em obras com material reciclado e reconheceu que existem vantagens econômicas nesta ação, mas disse que se as fontes de reciclagem não forem eficazes para separar detalhadamente os entulhos com ou sem cerâmica, a Sabesp terá que abdicar da prática: "Não podemos ir contra as regras das obras de saneamento".

alesp