A viagem explorativa de Temis de Paris resulta numa verdadeira odisséia no espaço

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
30/08/2006 17:31

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<i>Azul Não Te Quero Branco, Vermelho Não Te Quero Azul</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Temis de paris obras.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Temis de Paris<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Temis de Paris.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Compreender os segredos mais íntimos do universo que nos cerca e, paralelamente, individuar os mecanismos que regulam e governam o funcionamento de um planetário é, sem dúvida, a vontade de Temis de Paris que poderia se revelar ao alcance do homem, mesmo idealisticamente.

Eis uma realidade quotidiana e metafísica ao mesmo tempo: alguns objetos esparsos em diversos pontos aparecem como dignos de mais "uma odisséia no espaço", instrumentos descobertos durante um mágico plenilúnio em homenagem ao primeiro astronauta, além de arquiteturas geométricas que recalcam formas e imagens mudadas de uma paisagem do subconsciente.

A viagem explorativa dessa artista polivalente prossegue, entre altos e baixos inexcitáveis, sob a insígnia de uma constante especulação da vitalidade da natureza: aliás, uma natureza sempre menos natural e sempre mais construída.

"Coeli et terra narrant gloria Dei" parece dizer Temis de Paris, cujo traço define seus "engines" pintados de violeta e branco e as atmosferas repletas de felicidade interior, onde a dança dos vermelhos, dos verdes e dos azuis provoca uma sensação física oscilante entre opostos sentimentos e receios.

Trata-se de uma verdadeira alquimista, na qual encontramos aquela constante energia vital, pronta a pulsar conosco, a se renovar, a se projetar no futuro e a se lançar no mais longínquo mundo da criação. Se desses valores geradores da emoção passamos à leitura da realidade pictórica de Temis de Paris, encontramos uma artista coerente, límpida, segura, mas sobretudo possuidora de um cromatismo harmonioso e ordenado.

No seu díptico Azul Não Te Quero Branco, Vermelho Não Te Quero Azul, doado ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é evidente a plenitude de seu cromatismo e sua projeção no espaço, bem como a exemplaridade de suas relações tonais e certas inovações de fundo de sua técnica pictórica, que fazem da artista uma excelente intérprete.



A artista

Temis de Paris nasceu em Caçador, Santa Catarina, em 1947. Formou-se em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado, em 1984. Fez cursos de: semiótica, museologia e administração de museus, litogravura e pintura, além de design gráfico e de objetos, de 1985 a 1998. Desde então, se dedica à escultura, pintura, instalações, design de objetos e troféus.

Participou de inúmeras exposições no Brasil e no Exterior, destacando-se entre elas: Galeria Eugênio Villien, São Paulo; e XII Exibição Anual, MEC-Funarte, Rio de Janeiro (1979); XII Espaço Anual "Astrogilda Alves Lippi", São Paulo (1980); Galeria Arte Aplicada, "Degust"Arte", São Paulo (1983 e 1984); Expofair International de Arte Brasileira, Lisboa, Portugal; "4 Escultores", Itaugaleria, Goiania, GO; e YK Designers e Beco da Arte, Rio de Janeiro (1985); Exhibition of Brazilian Contemporary Art, Curtis Hixon Convention Center, Tampa, Estados Unidos (1986); I Bienal Internacional, Anuário Latino Americano de Artes Plásticas, São Paulo (1987); Galeria Bernardo e Bruni, Curitiba, PR (1988); Galeria de Arte André, "Esculturas Contemporâneas", São Paulo; e Galeria Studio A, "Formas & Formas", Recife, PE (1989); Espaço Cultural Yázigi, "Momentos com Kraft", São Paulo (1991); "Ceramic Art II", Centro de Negócios de São Paulo; "10 Escultores na Ecologia", Galeria de Arte André, São Paulo; The Hakone Open-Air Museum, The Fujisankei Biennale, Kanagana-Kan, Japão; Espaço Cultural Yázigi, "Década de 90: O Final do Efêmero", Porto Alegre, RS (1992); Casa Cor, Brasília; e Espaço Cultural Yázigi, "Observatum Est", São Paulo (1993); "Sala Histórica, Artistas Contemporâneos", Projeto Acervo Yázigi, São Paulo (1994); "Europ"Art", Genebra, Suíça; e "Arte da Paz", Fundação Mokiti Okada, Hebraica, Estação Sé do Metrô e Centro Cultural São Paulo (1995); "Voar É com os Pássaros", Galeria Arte Aplicada, São Paulo (1997); "Futebol em Arte", Galeria André, São Paulo (1998); "Tóteme", Caixa Econômica Federal, São Paulo; Museu Brasileiro de Esculturas, São Paulo; e "Mulheres no Terceiro Milênio", Galeria André, São Paulo (2000).

Suas obras encontram-se em inúmeros acervos oficiais e particulares do Brasil, Estados Unidos e na Europa, com destaque para o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e o Museu da Escultura ao Ar Livre, nos jardins do Palácio 9 de Julho.

alesp