Comissão debate enfrentamento da dengue


18/05/2010 20:42

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Evaldo Stanislau e Fausto Figueira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/COMSAUDEEvaldoStanislaueFausto3mmy.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados participantes da reunião<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/COMSAUDEDEPS6mmy (1).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Saúde e Higiene, presidida pelo deputado Fausto Figueira (PT), realizou nesta terça-feira, 18/5, reunião com objetivo de debater as medidas de prevenção adotadas pelos governos federal e estadual em relação à epidemia de dengue. Participaram do debate o médico Afonso Viviane, da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), Evaldo Stanislau, infectologista do hospital Ana Costa de Santos; Melissa Mascheretti Siciliano, diretora da Divisão de Controle de Zoonose do CCD, e Natalino Anjula, especialista em procedimentos de testes laboratoriais.

A dengue é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos principais problemas da saúde pública, infectando de 50 a 100 milhões de pessoas anualmente. De acordo com Melissa Siciliano, desde 1979, quando da reintrodução da doença no país, devido à dispersão do transmissor da dengue, o mosquito Aedes egyptis, os métodos tradicionais de enfrentamento da doença não conseguiram sucesso. As ferramentas químicas mostraram ser incapazes de conter a proliferação do mosquito, que possui alta capacidade de adaptação. Assim, na opinião de Melissa, que foi avalizada por todos os participantes, o mais importante no combate à proliferação do evolução do vetor e da doença é a atitude comprometida do Estado com a população.

Para Evaldo Stanislau, as políticas públicas de controle de epidemias tem sido ineficazes, haja vista os focos do mosquito continuarem surgindo. Segundo ele, a exemplo do que tem sido feito no município de Guarujá, a agilidade na assistência aos possíveis infectados evita a letalidade. Stanislau ressalta a fórmula para o atendimento adequado: informação correta, profissionais capazes, rapidez no teste de detecção e diagnóstico de suspeição acompanhado das medidas exigidas de imediato.

Afonso Viviane citou dados estatísticos sobre a transmissão sustentada, que atinge, na sua maior parte, a região oeste do Estado. A Baixada Santista consta como a quinta maior região em incidência. Até o final de abril o Estado teve 55 casos letais de dengue.

Luis Carlos Gondim (PPS) entende que é necessário criar um modelo de gestão autônoma dos municipios, onde a participação popular deve ser considerada fator preponderante no controle da doença, com a criação de brigadas permanentes de combate ao vetor e auxílio dos governos federal e estadual aos municípios.

Participaram da reunião os deputados José Augusto (PSDB), João Barbosa (DEM), Luis Carlos Gondim (PPS), Uebe Rezeck (PMDB), Marcos Martins (PT) e a deputada Rita Passos (PV).

alesp