Assembléia recebe toras cerimoniais de povos indígenas


22/11/2005 20:36

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deputado Adriano Diogo, geógrafo Aziz Ab"Saber e Everson Carlos da Silva, representante da Associação Xavante Warã <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SERRADO959beto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Toras cerimoniais de povos indígenas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SERRADOTORA954ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Everson Carlos da Silva, representante da Associação Xavante Warã<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SERRADO944beto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Crianças Guarani do coral que se apresentou durante o ato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SERRADO903beto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Durante ato em defesa do cerrado, realizado na Assembléia Legislativa nesta terça-feira, 22/11, os povos indígenas Xavante e Kraô doaram ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo toras usadas na tradicional corrida ritual. Na abertura da cerimônia, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), o coral de crianças indígenas da aldeia Guarani do Pico do Jaraguá cantou músicas tradicionais da etnia. Também esteve presente ao evento o geógrafo Aziz Ab"Saber, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

O Dia Nacional de Defesa do Cerrado, 11 de setembro, marcou o início da Semana de Meio Ambiente da USP (que foi de 11 a 16/9). A universidade convidou a Associação Xavante Warã para participar dos eventos. Na mesma data, foi realizado o ritual da Corrida de Toras na avenida 23 de Maio.

O cerrado é um bioma " também existente no território do Estado de São Paulo ", que vem sofrendo devastação em razão, principalmente, da expansão da cultura de soja, que, além de extensiva, utiliza grande quantidade de agrotóxicos e defensivos agrícolas. Essa prática prejudica outras culturas desenvolvidas pelos povos indígenas (cerca de 12 mil pessoas no cerrado), que passam a depender do fornecimento de cestas básicas da Funai para sobreviverem.

É o que explicou Everson Carlos da Silva, representante da Associação Xavante Warã, de Mato Grosso. Everson disse que sua etnia é "a guardiã do cerrado", segundo ele, um patrimônio ambiental mundial. A tora significa força, resistência e espírito de grupo, ele explicou. Seu ritual marca as mudanças de ciclos do cerrado e tem a simbologia da luta (no caso, em defesa do meio ambiente). Sete povos indígenas praticam a corrida: Xavante (MT), Xerente (TO), Kraô (TO), Apinagé (MA), Kanela (MA), Krikati (MA) e Gavião (PA). A associação indígena Mãkraré também doou os artefatos utilizados no ritual ao museu da Alesp.

alesp