Cenário político nos próximos quatro anos

Opinião
29/11/2006 14:32

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Maria Almeida de Jesus<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MAlmeida.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nos últimos anos, as estruturas políticas vêm demonstrando maior eficácia, eficiência e transparência de suas ações. Contudo, faz-se ainda necessário que haja maior interação da população, tornando-se mais presente no cenário político, exigindo planejamento, cumprimento de metas dos políticos escolhidos e maior clareza nos empreendimentos e destinação de recursos orçamentários.

É necessário que a população tenha maior consciência de seu poder, que é exercido nas urnas, durante o pleito eleitoral, para juntos governarem. Parece complexo governar, porém governar não passa de um ofício e de uma arte, que devem ser utilizados em benefício de todos. Só governa de fato quem beneficia os outros. Governo e sociedade têm que ter em mente a legitimidade que lhes é conferida para que sejam atendidas as necessidades e seus anseios para uma melhor qualidade de vida.

E como governar não é ofício nem arte exclusiva dos governantes, o poder não deve ser utilizado com interesses individuais. Os políticos, na maioria das vezes, são escolhidos pelo que apresentam em suas propostas de governo, de acordo com a ideologia de seu partido. E é isso que deve ser analisado pelos eleitores, conscientes e politizados, para que depois possa cobrar ações daqueles que foram eleitos. Uma reforma política deve ser definida com a maior brevidade.

Nos próximos quatro anos, esperamos maior participação da sociedade, consciente daquilo que lhe traga uma melhoria na qualidade de vida, de modo geral. Que haja uma parceria entre a população e o governo, para se encontrar, em conjunto, soluções para boa qualidade dos serviços básicos e essenciais, e, assim, atingirmos o desenvolvimento do Estado e da Nação.

Dentre as necessidades da população, a Saúde merece atenção especial, devendo ser revistos e estudados os problemas estruturais do setor. Muito tem sido feito, mas ainda há muito por fazer a fim de propiciar um atendimento de qualidade à demanda.

Quanto à Educação, deve haver uma melhoria na qualidade de ensino, com estruturas físicas adequadas, além de aprimoramento, valorização e incentivo aos profissionais do setor, para que possam desenvolver suas atividades, não como simples transmissores do conhecimento, mas como educadores que possam resgatar os valores éticos, morais e espirituais da sociedade em que atuam.

Assim como os da Saúde, Educação e Habitação, setores como Transportes, Segurança, Cultura, Esporte e Lazer, Comunicação, entre outros, carecem de atenção especial do administrador público.

Há uma ampla lista de necessidades, cujas soluções são necessárias à melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento regional. É o caso de reformas, ampliação e implementação de infra-estrutura de saneamento, habitação popular, construção e ampliação de unidades de saúde, de hospitais, de segurança pública, de escolas, de prédios públicos, de transportes públicos, pavimentação asfáltica e conservação de vias públicas. Todas essas ações implicam em austero controle nas finanças públicas, para que haja um perfeito equilíbrio entre gastos e investimentos, resultando em recursos para implementação de projetos nos setores primordiais ao crescimento do Estado.

Tudo isso é possível com uma ação conjunta da população e do governo. Se o governo efetivamente colocar em prática o que nos tem dito, teremos uma sociedade mais justa, mais solidária e desenvolvida.

Maria Almeida de Jesus* é deputada estadual e líder do PRB

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