Resultado de fantasia poética o imaginário paraíso terrestre da artista San Bertini

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
19/03/2008 19:07

Compartilhar:

San Bertini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/Sandra_2[1].jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A originalidade da pintura de Sandra Bertini está em suas paisagens encantadas, que lembram antigas fábulas. A sua não é ingenuidade, nem mesmo ironia, como alguém, inadvertidamente, poderia classificar. Acreditamos que a artista gostaria de viver em outra época e o demonstra através de seu gosto pessoal e de sua psicologia intimista, o que não exclui outro caráter: a timidez.

O encanto sutil de sua pintura é, possivelmente, uma viagem através do tempo, que realizamos ao passado, embora com uma visão de hoje: um mundo rico e puro que a artista vive interiormente e que nós gostaríamos de viver sem nos envergonharmos de nos abandonar ao envolvimento de suas paisagens. O mundo pictórico da artista é luminoso e reflete com fidelidade seus sentimentos.

Suas obras se evidenciam das produções contemporâneas por uma total entrega à espontaneidade, fruto de uma fantasia poética permeada de uma atmosfera feliz e, às vezes, irreal. O seu mundo mais parece a Terra dos Anjos sonhada pelas crianças e pelas noviças. Um mundo que também conhecemos, mas que não enxergamos porque nos faltam seus olhos e sua sensibilidade.

Na obra "Fazenda do Interior", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Sandra Bertini nos antecipa, através de suas serenas e fascinantes paisagens, um pouco do paraíso terrestre que ela cria e cujos encantos ela saboreia a cada pincelada enquanto o constrói pacientemente, sem pressa, para melhor apreciá-lo.

A artista

San Bertini, pseudônimo artístico de Sandra Bertini, nasceu em São Paulo, no ano de 1971. Iniciou seus estudos de pintura na penha com o professor César Sarau, com quem estudou durante sete anos. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, Centro Cultural durante dois anos.

Em 1994, executou trabalhos de ilustração para a revista Alquimia e realizou sua primeira exposição no Centro Cultural Moriconi, em Suzano, SP e em 1995 iniciou suas atividades como professora de pintura e desenho, elaborando a capa da revista Alquimia (nº 4 com o título Anjos - Mitos ou Realidades). Nos anos seguintes, experimentando novas técnicas e estilos, buscou sua identificação no mundo da arte, partindo para o naif.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se, entre elas: Centro Cultural Moriconi, Suzano, SP (1994); VIII e IX Salão de Artes ACM de Guarulhos, SP (2000 e 2002); II, VI e VIII Salão de Artes Plásticas de Arujá, SP (1996, 2000 e 2002); I, II e III Mostras dos Amigos da Arte, Espaço Cultural Mogi Shopping; VIII Salão de Artes Plásticas de Arujá, Hípica de São Bernardo do Campo, SP; Salão da Primavera, Mogi das Cruzes, SP (2002); Salão da Paisagem Brasileira, Associação Paulista de Belas-Artes, Salão Pré-Bienal de Arte do Alto Tietê, Mogi das Cruzes, SP; Salão de Inverno de Artes Plásticas de Mairiporã, Câmara Municipal de Guarulhos, SP; IX Salão de Artes Plásticas de Arujá, SP (2003); II Bienal de Arte Tietê, Mogi das Cruzes, SP; Salão das Festas Juninas da Associação Paulista de Belas-Artes; X Salão de Artes Plásticas de Arujá, SP; Salão Livre da Associação Paulista de Belas-Artes; Salão Comemorativo dos 450 anos de São Paulo da Associação Paulista de Belas-Artes, Espaço Cultural do Clube Paineiras do Morumbi, São Paulo; British International School of São Paulo; Arte Naïf, Espaço Cultural Golden Light Business Tower, SP (2004).

Possui obras em diversas coleções particulares na Holanda, Portugal, Alemanha, Espanha, Brasil, no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e no Museu de Arte Contemporânea de Jataí em Goiás. É membro da Associação Paulista de Belas Artes, SP.

alesp