Coordenada pelo deputado Camilo Gava (PV), foi realizada, na manhã desta quinta-feira, 11/2, no plenário Juscelino Kubitscheck, mais uma etapa do Seminário Internacional de Futebol - Copa 2014. O consultor em segurança José Vicente da Silva iniciou a programação, afirmando que a infraestrutura de apoio à Copa inclui vários subgrupos que exigirão providências como preparo do estádio que será palco das partidas, sua ocupação e seu entorno; mobilidade urbana em função do evento; e segurança propriamente dita. Para tal, devem ser levados em consideração aspectos de transporte, saúde, energia, saneamento, tecnologia e governança. Segundo o consultor, a Fifa tem um padrão muito rígido na questão da segurança, uma vez que haverá um grande fluxo de turistas. Para São Paulo, constatou o consultor, o contingente de 60 a 70 mil turistas esperados não significa grande desafio para uma cidade de turismo de negócios como a capital paulista. Vicente da Silva observou que a segurança durante a Copa vai além dos estádios. Certamente que o aparato deve ser aprimorado em função de áreas como aeroportos, hotéis, metrô, centros de treinamento para os atletas e zonas de lazer turístico. A preparação deve levar em conta o aspecto preventivo, o que significa estabelecer uma segurança que possa evitar assaltos e detectar pontos sujeitos a desabamento e alagamento. Ele lembrou ainda que é necessário o cadastramento de vendedores ambulantes e de guardadores de carro, bem como o de danceterias e locais que serão frequentados por turistas. A Fifa exige que, em 2013, deverá ser realizado um teste no quesito segurança. Para montagem do aparato de segurança, o consultor citou recursos que acha serem necessários, que vão desde o treinamento adequado de voluntários até o estabelecimento de um sistema de comunicação e inteligência. O consultor ainda se referiu ao trabalho desenvolvido pelo 2º Batalhão de Choque, especializado em atender emergências há cerca de 20 anos. Segundo ele, ainda poderá haver um ajuste fino após a realização do teste em 2013. Para o promotor de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Paulo Castilho, toda a organização do evento tem que estar à altura do que representa a Copa. O trabalho integrado da sua área com a Secretaria da Segurança poderá manter o comportamento do torcedor sob controle. Ele citou a Lei 9.470/96, que proíbe a ingestão de álcool em estádio de futebol bem como sua venda num raio de 200 metros no entorno. Existe um banco de dados das torcidas, que deverão ser cadastradas, e haverá revista na entrada do estádio. As palestras da manhã foram encerradas pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Sérgio Ribas, que destacou a qualidade do bom relacionamento que sua área mantém com a Promotoria Pública, cujos trabalhos ocorrem em parceria. Ele acredita que a questão da segurança no Morumbi está sendo adequada, apesar de haver ocorrências pontuais que exigem a intervenção da polícia. O deputado Conte Lopes (PTB), presidente da Casa em exercício, observou que os torcedores já estão devidamente treinados pelos grandes e movimentados campeonatos entre os mais significativos times nacionais e internacionais realizados em São Paulo. Mas, para ele, é de suma importância a unificação dos trabalhos das polícias civil e militar. Ele acredita que não se pode admitir impunidade no campo de futebol. Assim, quando necessário, o culpado por qualquer categoria de indisciplina deve ser punido no ato, o que torna necessária a presença da Justiça no próprio estádio.