Falta de informação e preconceito impedem um combate maior à hanseníase, dizem especialistas


02/06/2011 21:43

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Sandra Maria Pereira Ferraz, Leide Massom, Carlos Giannazi, Ivair Cantelli e Regina Pita  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/hanseniaseJAT1520.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Palestra sobre hanseníase<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/hanseniaseJAT1523.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL) foi realizada nesta quinta-feira, 2/6, palestra sobre hanseníase, para romper com preconceitos e apresentar um histórico sobre a doença: como se inicia, como se transmite, seus primeiros sinais, as formas da doença e o que nós podemos fazer para eliminá-la.

Entre os voluntários que estiveram presentes, Sandra Maria Ferraz apresentou um panorama geral da doença " desde o aparecimento das primeiras manchas, esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, em qualquer parte do corpo " até a cura, que a partir da descoberta de novos medicamentos, na década de 1980, é totalmente possível.

A transmissão acontece pelas vias respiratórias e, algumas vezes, através de contato com ferimentos da pele do doente. Sandra recomendou ainda às pessoas que apresentarem sinais suspeitos de hanseníase, que procurem um serviço de saúde.



A hanseníase tem cura



Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, mais rápida será a cura. Os doentes diagnosticados nas formas avançadas também serão curados após o tratamento. Os que são contagiantes, depois de pouco tempo de iniciado o tratamento, deixam de contagiar.

A cartilha distribuída no evento pelo Morhan " Baixada Santista, recomenda:

- ao notar qualquer sinal suspeito de hanseníase em você ou nas pessoas com quem convive, procure ou encaminhe a pessoa a um serviço de saúde;

- aceitar no trabalho, no convívio, enfim na sociedade em geral, os portadores, pois quando estão sendo tratados, não se constituem em nenhum risco à coletividade;

- esclarecer amigos, vizinhos, companheiros de trabalho e pessoas ligadas e instituições, como igrejas, escolas e sindicatos, sobre essa doença; e

- procurar conhecer as organizações que trabalham em defesa dos direitos dos doentes de hanseníase e dos seus familiares e auxiliá-los em suas atividades.



Números na Hanseníase



A hanseníase é uma das doenças mais antigas de que se tem notícia (era conhecida como lepra) a ponto de ter sido citada na Bíblia. Por causa das deformidades que, em estágio avançado da doença, a doença provoca, os doentes sempre sofreram preconceito, a ponto de terem sido afastados do convívio com a sociedade até que o aparecimento das primeiras drogas curativas mudassem a atitude das autoridades e acabassem com o isolamento dos doentes.

A doença ainda constitui um importante problema de saúde pública no Brasil e em vários países do mundo, e persiste em 15 países como endemia - quando a prevalência (o número de ocorrências) está acima de 1 caso para cada 10 mil habitantes.

O Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo. Aproximadamente, 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos casos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil. Ao longo das últimas décadas, as taxas de prevalência têm declinado ano a ano, resultado da consolidação do tratamento poliquimioterápico. Entretanto, as taxas de detecção de casos novos têm se mantido elevadas.



Para maiores informações, o Telehansen pode ser acessado pelo telefone 0800 262001.

alesp