"A assembleia dos professores, realizada no dia 26/3, nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, terminou com cenas deploráveis e covardes de ataques da Tropa de Choque da PM, ordenados pelo governador José Serra", declarou o deputado Carlos Giannazi (PSOL). Segundo ele, a cavalaria e a força tática da corporação foram usadas pelo governo para barrar a manifestação de educadores que se reuniam em defesa da escola pública e da valorização do magistério. Giannazi esteve no ato apoiando a luta do professorado e, com uma comissão de outros parlamentares presentes, tentou negociar com o comando policial para que permitissem a realização da manifestação. Porém a ordem que a PM recebeu era impedir a caminhada até o Palácio, resultando em um duro conflito que feriu várias professores, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo, gás pimenta, balas de borracha e pancadas com cassetete. "O governador, além de não respeitar as reivindicações dos profissionais da educação e não atendê-los para dialogar e negociar, trata a questão como caso de polícia e maltrata uma categoria profissional que recebe um dos salários mais baixos do Brasil e trabalha em condições precárias. Com essa atitude, Serra declara guerra à educação e ao magistério igualando-se aos governos da ditadura militar", frisou Giannazi, que acionará o Ministério Publico Estadual para que investigue o acontecimento. Para Giannazi, o governo afrontou o direito constitucional de ir e vir, de manifestação, de expressão e de opinião do professorado. carlosgiannazi@uol.com.br