Turismo em hidrovias é tema de reunião


17/08/2011 17:30

Compartilhar:

Mendes Thame <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoMendesThameROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Márcio França<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoMarcioFrancaROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlão Pignatari<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoDepPignatariROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlão Pignatari, André Pereira, Casimiro Tércio, Célia Leão, João Caramez, Márcio França e Mendes Thame<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoROBnomeada.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Célia Leão e João Caramez<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoDepsCeliaCaramezROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Frente das Hidrovias e de Apoio ao Turismo em reunião na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/FrenteHidroviaseTurismoROB1521.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Reunião conjunta das Frentes Parlamentares das Hidrovias e de Apoio ao Turismo aconteceu, nesta quarta-feira, 17/8, na Assembleia Legislativa, com o objetivo de realizar debate sobre o turismo fluvial no Estado de São Paulo. O deputado João Caramez (PSDB), coordenador da Frente das Hidrovias e a deputada Célia Leão (PSDB), presidente da Frente de Apoio ao Turismo, abriram o evento, que contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Márcio França.

O deputado federal Mendes Thame apontou três efeitos positivos no transporte hidroviário: o econômico, com o aumento da competitividade; o social, na medida em que o turismo é grande criador de empregos, e o ambiental, pela diminuição da poluição gerada por caminhões, ônibus e carros.

Márcio França discorreu sobre a visão atual do governo do Estado, a qual, segundo ele, vislumbra no turismo não só o lazer, mas um grande movimentador da economia. Anunciou que, nos moldes dos circuitos turísticos de ônibus criados em sua gestão, pretende instituir circuitos turísticos com barcos. "É um passo inicial para provocar a iniciativa privada a assumir essa importante atividade", declarou.

Casemiro Tércio de Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário da Secretaria Estadual de Logística e Transportes e representante do secretário do Turismo, Saulo de Castro Abreu Filho, lembrou que não basta investir em hidrovias; é necessário o investimento nas conexões com outros modais de transporte.

Os investimentos atualmente feitos na área se dividem na melhoria do que já existe e na criação de novas hidrovias. No primeiro grupo, estão a eliminação de gargalos com a ampliação de vãos, a proteção de pilares e a melhoria das eclusagens. Investimentos também são feitos nos portos e na melhoria da operação hidroviária, como estabelecimento de regras para o tráfego e incremento da fiscalização.

De acordo com Tércio da Carvalho, caminha-se para um cenário mais sustentável, na medida em que o modal hidroviário reduz significativamente a emissão de gases de efeito estufa. Quanto ao turismo, a Secretaria de Logística e Transportes pretende inventariar todos os equipamentos turísticos existentes ao longo da hidrovia.

Para Adriano Murgel Branco, diretor da AMBranco Consultoria Ltda. e ex-secretário de Estado dos Transportes, há bloqueios muito grandes na atividade hidroviária. Se tais barragens forem tratadas com eclusas haveria um grande desenvolvimento na atividade hidroviária.

Murgel Branco afirmou que se o Estado de São Paulo tivesse os índices norte-americanos de transporte hidroviário, gerar-se-ia uma economia de R$ 6 bilhões por ano. "Trata-se de um investimento de alta viabilidade", enfatizou.

"Uma pequena instalação voltada para o turismo é uma chama que desenvolve um processo benéfico para todo um município", opinou Nelson de Moura, diretor da AMITUR e membro profissional da Fédération Européenne de Ports de Plaisance. O grande problema, a seu ver, é a falta de incentivo aos licenciamentos ambientais, a burocracia e a lentidão que cercam sua concessão. Uma agência que centralize a atividade e um forte movimento de conscientização, desfazendo preconceitos, poderiam solucionar o problema, opinou o palestrante.

"O desempenho do Brasil no turismo é vergonhoso", declarou Paulo Bastos Cruz Filho, presidente da União Cultural Brasil-Estados Unidos e ex-dirigente da Agência de Desenvolvimento Tietê-Paraná. O maior atrativo ao turismo, segundo ele, é o receptivo em inglês, que deveria ser incentivado no Brasil, ainda incipiente na área.

José Bento Desie, consultor em turismo da Unidade Desenvolvimento e Inovação do Sebrae-SP, afirmou que procura trabalhar apoiando futuros empreendedores com base na vocação do turismo de cada região. Atualmente, o Sebrae apoia 17 projetos de circuitos turísticos no Estado de São Paulo, sendo três deles de turismo fluvial. O incentivo proposto pelo Sebrae, segundo Desie, vai na direção da transferência de conhecimento para os agentes da localidade, do desenvolvimento de produtos e do reconhecimento do valor do empreendimento.

Virgílio de Carvalho, professor e consultor em turismo coordenou o debate, que contou com a presença de inúmeros prefeitos de municípios paulistas, além de representantes de associações e entidades ligadas ao assunto.

Ao final, constituiu-se uma comissão com a finalidade de compilar as propostas apresentadas para subsidiar um plano básico de ações para o desenvolvimento do turismo fluvial no Estado de São Paulo.(DA)

alesp