Américo del Santo transfigura materiais seguindo sugestões de sua fervorosa fantasia

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
04/05/2007 16:00

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Museu Obra americo 008.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Américo del Santo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Museu Americo artista.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Essência Versus Ego</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Museu Obra americo 004.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Américo del Santo é o exemplo típico do homem que sabe observar com o olhar de artista também o seu mundo de trabalho. Mecânico de automóveis, esteve sempre envolvido com parafusos, porcas, velas, virabrequins e outros tantos objetos de metal que têm ligação com sua especialidade.

O artista não se limitou a observá-los como simples instrumentos da técnica profissional. Conseguiu interpretá-los e transformá-los em algo mais vivo e significativo, seguindo as sugestões de sua fervorosa fantasia.

Assim os tanques de gasolina, podiam ser transformados em corpos de cisnes, as chapas entrelaçadas formando asas. Desse seu modo de ver "as coisas", nasceu sua arte e sua escultura, que em pouco tempo conquistaram consenso popular e de amadores de arte.

Essas fases de sua pesquisa coincidem por sua vez com uma precisa escolha de materiais: do ferro, do alumínio, do latão e do aço inox.

No plano da linguagem formal, podem ser destacados períodos diversos do itinerário operativo de Américo del Santo, mas, observando além do invólucro figurativo, manifesta-se uma coerência, uma intima reflexão sobre o núcleo mais escondido da realidade humana.

Na obra Essência Versus Ego, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, as formas arcaicas de uma civilização nos primeiros passos se repercutem na escultura em aço inox, que assinala o início em ordem de tempo de um discurso significativo recolhido pelo artista.



O artista

Américo del Santo, pseudônimo artístico de Dirceu Américo del Santo, nasceu em Itambé, no Paraná, em 1962. Desde criança foi atraído pelas artes, iniciando com desenho e prosseguindo com a pintura a óleo.

Transferindo-se para São Paulo, realizou cursos particulares de arte na Escola 28 de Julho em São Caetano do Sul. Posteriormente, instalou seu ateliê em Santo André, onde chegou à escultura de solda e ferro usando sucata e peças de automóveis velhos.

Participou de exposições na Escola 28 de Julho; no Centro Cultural Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo; no Espaço Cultural de Caraguatatuba; na Casa da Fazenda no Morumbi, São Paulo; na Galeria Mali Villas Boas, São Paulo; e no 19º Salão de Artes da Associação Comercial de Pinheiros, São Paulo.

Obteve diversos prêmios e suas obras encontram-se em várias coleções particulares, no Paraná, em Santo André, em São Caetano do Sul e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp