Movimentos sociais pedem explicações sobre suposto monitoramento de suas atividades


30/11/2004 20:10

Compartilhar:

Deputado Renato Simões, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, recebe representantes de entidades<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/atodipol1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

O deputado Renato Simões (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, recebeu representantes de vários movimentos sociais na tarde desta terça-feira, 30/11. As lideranças vieram pedir uma explicação sobre os recentes fatos veiculados na imprensa referentes ao suposto monitoramento das atividades desses segmentos da comunidade por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e a pedido da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Simões informou que, durante coletiva à imprensa, o delegado geral de polícia, Marco Antonio Desgualdo, negou que o Estado tivesse tomado qualquer iniciativa no sentido de monitorar os movimentos e que tão somente atendeu solicitação da Senasp. Por sua vez, o secretário nacional de segurança, Luiz Fernando Corrêa, declarou que, com o objetivo de preparar a recepção a caravanas de movimentos sociais que se concentrariam em Brasília, a Senasp pediu ao governo do Estado de São Paulo que fornecesse um dimensionamento do número de integrantes.

O presidente da comissão lembrou que a mídia tratou da questão sob dois enfoques: um trabalhando a informação fornecida pelos movimentos sociais e outro apontando as declarações de Desgualdo. "A conclusão é que há um jogo em que um empurra a questão para outro e, de fato, nem o Departamento de Inteligência da Polícia, nem a Polícia Civil e nem a Senasp têm o direito de investigar movimentos sociais", disse Simões, acrescentando que a competência da segurança em Brasília caberia somente à polícia local.

Participaram da reunião representantes de vários movimentos sociais. Entre eles: Pastoral Operária, Educafro, UNE, CUT, Centro Santo Dias, MST, Centro de Justiça Global, Pastoral do Negro, Movimento de Moradias Populares e Central de Movimentos Populares.

Na próxima reunião da Comissão de Direitos Humanos, a ser realizada nesta quinta-feira, 2/12, o deputado Renato Simões deverá apresentar requerimento solicitando o comparecimento de autoridades da segurança pública do Estado, com a finalidade de prestar esclarecimentos sobre o assunto.

alesp