Deputado alerta para risco da gripe aviária em pombos no Porto de Santos


16/11/2005 13:22

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Fausto Figueira e Odílio Rodrigues Filho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/FFIGUEIRA OdilioRodrigues.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Fausto Figueira

O risco da possível transmissão da gripe aviária através dos pombos na cidade de Santos, especialmente na área portuária, fez com que o 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Fausto Figueira (PT), propusesse ao secretário municipal de Saúde, Odílio Rodrigues Filho, durante reunião na manhã de quinta-feira (10/11), um encontro entre a secretaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Codesp e o Ibama.

A proposta da reunião conjunta é de que as autoridades desenvolvam um plano de controle da população de pombos urbanos. Rodrigues se comprometeu a fazer a convocação o mais breve possível.

Figueira também apresentou na Assembléia Legislativa indicações ao presidente da República e ao governador do Estado, para que determinem aos órgãos competentes providências visando o monitoramento preventivo em relação à gripe aviária, especialmente nas proximidades dos portos e em outras regiões que apresentem concentração de grãos em áreas urbanas.

"A possibilidade de transmissão da gripe aviária existe, uma vez que a presença de pombos no cais do Porto de Santos é constante e crescente, apesar do esforço da Autoridade Portuária. Diversos fatores favorecem a procriação desses animais, como a presença de grãos e outros produtos derramados na área portuária. Isto não é privilégio do porto, mas de várias outras cidades no interior", afirma Figueira.

Os pombos urbanos são conhecidos pelas doenças que transmitem ao homem, como a psitacose, a toxoplasmose, a arboviroses e as gastroenterites, além de problemas dermatológicos. "Agora duas outras possibilidades nos assombram, que são a gripe aviária, passível de transmissão pelo contato com outras aves migratórias, e a febre maculosa, transmitida pelo carrapato estrela, que pode ser transportado pelos pombos", alertou Figueira.

O deputado recorda que o Porto de Santos é, desde o século XVII, o grande portal de entrada e saída do Estado de São Paulo, especialmente pelo agronegócio. "Essa característica sempre trouxe orgulho por um lado e preocupação por outro, devido à facilidade que a presença de vetores pode contribuir para disseminação de doenças, como ocorreu no passado e foi enfrentado pelo governo do Estado mediante a instalação das Comissões Sanitária e de Saneamento, o que deu origem à rede, que nos próximos anos estará completando o centenário, de canais projetados por Saturnino de Brito, eminente engenheiro sanitarista", acrescentou.



ffigueira@al.sp.gov.br

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