MANICÔMIOS SÃO DEPÓSITOS DE SERES HUMANOS - OPINIÃO
Boa parte dos hospitais psiquiátricos existentes no Brasil não passam de "depósitos de seres humanos e de fabriquetas de dinheiro para seus donos", que ficam ricos à custa da desgraça da doença. Os chamados manicômios não curam ninguém, pois, na maioria das vezes, oferecem tratamento desumano aos pacientes com problemas mentais.
Para tentar reverter essa situação vexatória, o Congresso Nacional aprovou recentemente a lei que prevê a extinção desses locais geralmente insalubres onde os pacientes ficam isolados, distantes da família. Defendo essa reforma psiquiátrica, que tem como prioridade o tratamento ambulatorial, no qual o paciente ficará internado durante o dia no hospital e, à noite, voltará para sua casa.
É importante ressaltar também que tramita na Assembléia Legislativa de São Paulo um projeto de minha autoria, determinando a criação de alas psiquiátricas em Hospitais Gerais do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado. Espero que essa proposta seja votada e aprovada brevemente na Casa, pois ela obrigará todos os hospitais a manterem uma ala psiquiátrica de, no máximo, 30 leitos. Com essa ala especializada, ficará facilitada a avaliação de diagnóstico precoce para os doentes mentais e eles terão um local adequado para que possam ser tratados condignamente.
Os Hospitais Gerais têm como característica a proximidade com as comunidades que compõem a clientela do atendimento público de saúde e, por conseqüência, do atendimento de saúde mental, como propõe o projeto de lei. Uma vez estabelecido este tipo de atendimento em toda a rede pública hospitalar, fortalecem-se os vínculos do atendimento psiquiátrico. Cabe destacar que nos Hospitais Gerais os laços com a comunidade são sólidos, voltados ao acolhimento e à reintegração social, ao contrário dos manicômios, onde o confinamento reduz drasticamente as possibilidades de cura de seus internos.
A minha proposta busca preencher a lacuna produzida pelo processo de afastamento social a que estão sujeitas as pessoas acometidas de transtorno mental, oferecendo leitos hospitalares compatíveis com a enfermidade.
Espero ainda que a reforma na Saúde seja intensificada, com a municipalização da área de psiquiatria. Isso porque é comum os pacientes que precisam ser internados deslocarem-se de sua cidade de origem para outros locais que tenham hospitais especializados. Com isso, o paciente acaba ficando afastado de seus familiares, que são indispensáveis durante o tratamento.
Para buscar a cura de pacientes com problemas mentais, não basta os atendimentos médico, psiquiátrico e psicológico. Na minha opinião, o carinho da família é fundamental no processo de recuperação do paciente. Por isso defendo o tratamento ambulatorial, no hospital-dia, onde o paciente ficará perto de sua casa e de sua família.
*Pedro Tobias é deputado estadual pelo PSDB e médico mastologista.
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