Destituída de preciosismos acadêmicos a obra de Manoel Plácido possui elegância pictórica luminosa

Emanuel von Lauenstein Massarani
22/04/2004 14:00

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Habilidade e força expressiva acrescida de uma veia poética e capacidade técnica são doteis naturais do pintor Manoel Plácido, que se dedica no momento a pintar sobre papel com carvão seco. Embora sua pintura seja atual, possui do clássico a atitude, o equilíbrio e a suavidade da composição do tema. A luminosidade em suas obras nos parece de veio impressionista, enquanto que o cromatismo possui algo de expressionista.

Personalidade robusta, seus traços são firmes e rápidos. A segurança do gesto, o uso cuidadoso e decisivo das cores, os espaços metafísicos, uma certa tridimensionalidade fazem de Manoel Plácido um artista de possibilidades que está alcançando uma linguagem capaz de exprimir o conceito da verdadeira arte.

Ao retratar suas figuras consegue colher o caráter psicológico do personagem e penetrar na sua personalidade. Seu desenho é hábil, suas cores são equilibradas e constituem um componente eficaz que o artista utiliza para detalhar as formas e os volumes de sua obra. Sua coerência o conduz a um trabalho atento e refinado ao redor da realidade filtrada por uma sensibilidade rica de acentos intimistas.

Com sua obra "A Afegã", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, soube colher a luz como motivo de definição plástica, obtendo uma estrutura de sólido volume e de clara arquitetura. A luz é suave e dá ao quadro uma elegância pictórica destituída, entretanto, de preciosismos acadêmicos.



O Artista

Artista plástico, escritor e compositor Manoel Plácido nasceu no bairro do Braz, em São Paulo, em 1960. Iniciou-se nas artes a partir dos 15 anos de idade, quando, por intermédio da pintura em tecido, reproduziu diversas capas de long play de bandas de rock da época. Passou a seguir para a pintura a óleo sobre tela aonde vem se aprimorando até hoje.

Desde muito jovem descobriu-se na musica como compositor chegando a formar um conjunto musical. Enveredou a seguir para a poesia e prosa lançando no final da década de 1970 dois livros como produções independentes.

No campo da pintura, instigado pela complexidade que envolve o ser humano, sempre optou pelo figurativo. No final da década de 80, realizou curso de desenho com o lado direito do cérebro, com o arquiteto Danton de Luca, daí por diante vem aprimorando-se no retratismo, modalidade esta que me deu a condições de se profissionalizar.

Ministra o curso de desenho com o método retratismo, somado a sua experiência pessoal. Vem aprimorando o seu trabalho nas fontes do realismo, tendo como mestre desde 2002, o artista Maurício Takiguthi. Avesso a concursos, sigilosamente já executou mais de 1.100 retratos.

alesp