Stancati dirige suas forças para obter uma unidade perfeita em suas esculturas

Emanuel von Lauenstein Massarani
14/07/2003 16:41

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Stancati, pseudônimo artístico de Ivan José Stancati de Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Stancati.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em Stancati "métier" e imaginação procedem paralelamente segundo métodos antigos. Por essa razão pode acontecer que sua escultura permaneça, às vezes, um pouco formal. Importante, porém, é a coerência, a seriedade, a independência de seu "modus operandi".

A vocação desse escultor é genuína e culta, como suas obras, que deixam transparecer com clareza e nas quais encontra-se uma propensão para o monumental, embora não a "priori".

Entretanto, encontramos sua modernidade, por ter o autor tirado proveito dos exemplos plásticos e dos conceitos de seu tempo, e propor com os resultados obtidos uma hipótese de reinsersão.

Após refletir - pelo menos é o que parece - sobre Arp, Brancusi e Henry Moore, de onde trouxe elementos úteis para favorecer suas idéias, Stancati endereça suas forças para conseguir uma unidade completa e evita assim de percorrer caminhos por demais freqüentados, uma vez que está mais

inclinado a uma naturalidade menos complexa e mais simples, mas de maior vigor.

Esse artista não deixa de respeitar o passado nem os métodos operativos artesanais. Poderia ser um escultor tradicional enquanto que, ao contrário, se afirma como um artista criador moderno.

Sua escultura "Inspiração", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, recupera uma visão épica e primordial da existência humana. Sua visão contemporânea reencontra antigas ressonâncias através da purificação de uma forma monumental que determina a maturidade alcançada pelo escultor.

O Artista

Stancati, pseudônimo artístico de Ivan José Stancati de Oliveira, é arquiteto, professor e artista plástico. Freqüentou o curso de modelagem com o escultor Dante Dado de Giácomi (1982), de escultura em pedra com o escultor Pedro Pinkalsky (1986), de escultura em madeira no Liceu de Artes e Ofícios (1987) e de desenho e gravura em metal no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1988). Formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie (1984) e fez mestrado em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo.

Participou do XVI Salão de Primavera do Museu de Arte Moderna de Resende; XXII Salão Ararense de Artes Plásticas (1988); e V Salão de Artes Plásticas de Avaré (1996).

Entre as exposições individuais e coletivas, destacam-se: ¨Totens em órbita¨ e ¨Fantasias¨, no Espaço Madame Satã; 1º Bienal Internacional Latino Americana, México e Esculturas em Pedra Sabão, no Espaço Taib, São Paulo (1987), Galeria Designio, São Paulo (1988); ¨Arte Erótica¨, Museu da Imagem e do Som, São Paulo (1991), ¨Arte e natureza¨, E.C Pinheiros e Espaço Cultural Clube Indiano (1992), Galeria Xarios, São Paulo (1994); 14º Expande (1995); ¨Caminho das Pedras¨, Fundação Mokiti Okada (1997).

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