Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Fernando Durão


14/09/2011 10:39

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sem título - cód. 199.55<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/OBRAFDURAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fernando Durão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/FERNANDODURAOx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O juízo sobre como e o que hoje é objeto de comunicação no campo plástico é de ordem histórica. Trata-se de uma opção cultural que sugere o interesse individual para colocar sua obra como atualidade produtiva e crítica. Esse processo de decantação trouxe para a indicação pontual, nos últimos anos, um discurso unitário, inteligente, enquanto escolha de um campo e, portanto, não obrigação ou constrangimento por incapacidade técnica ou cultural.

A fim de produzir uma mensagem intencional, Fernando Durão centraliza sua pesquisa plástica sobre a eliminação consciente e voluntária de todo e qualquer elemento a efeito pictórico supérfluo. Outro enfoque de sua busca é a censura de toda e qualquer referência simbólica ou literária, de imagem expressa, como juízo de outras imagens naturalistas e físicas, que compõem a visão do mundo de nossos dias.

Tais são os elementos que caracterizam a linguagem de Fernando Durão. O primeiro é de uma forma aberta, individualizada como módulo que se desenvolve de um momento mínimo a um máximo de reconhecimento. O segundo elemento é constituído pelo plano da tela, espaço voluntariamente bidimensional, mas concebido como superfície disponível para uma alteração. Módulo e campo se determinam por sua vez.

As dimensões do módulo, sua posição no campo e seu possível deslocamento através de artifícios gráficos, a invasão coral da superfície, a diferenciação dos tempos de articulação indicada pelas diversas cores constituem as principais variáveis através das quais a obra se forma. Cada uma dessas categorias está em relação às outras.

A obra "sem título - cód. 199.55", doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, comprova que cada quadro é autônomo e, ao mesmo tempo, representa uma passagem, uma hipótese de estabilidade, uma definição crítica do espaço e, portanto, do homem.



O artista

Fernando Durão nasceu a 29 de maio de 1952, na cidade do Porto, em Portugal. Em 1970, mudou-se para São Paulo, onde participa de movimentos de artistas jovens. Desenhou tecidos para as indústrias Matarazzo em 1973.

Pintor e escultor, a partir de 1974, participa de diversas exposições individuais e coletivas em São Paulo e Campinas (Brasil), Lisboa, Porto, Gaia e Amadora (Portugal), Stuttgart, Nuremberg, Schwabach e Colônia (Alemanha), North Carolina (EUA), Roma (Itália), Nova Delhi (Índia), Provence (França), Taiwan, Cuenca (Equador) e em diversos museus do Japão. Em 1976, foi selecionado para a Bienal Nacional. Realizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1979.

No ano de 1992, expôs na Galeria Cândido Portinari, no Palazzo Phamphili (Roma), e no início do novo milênio, em Nuremberg (Alemanha), e em 2001 realizou a mostra "Magia de Duas Fronteiras", na cidade do Porto, então Capital Europeia da Cultura.

Entre outras atividades, Durão é diretor curador da Associação Profissional de Artistas Plásticos do Estado de São Paulo; curador do Projeto Arte na Ferrovia na Estação Júlio Prestes; diretor de arte do Clube Latino-Americano de Papeleiros; diretor de eventos da Galeria do Foto Cine Clube Bandeirante; diretor da Revista Virtual de Artes Visuais e diretor de design da Usina de Arte e Design e Comunicação de São Paulo. Atualmente é presidente da Associação Paulista de Artistas Plásticos (Apap).

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil, Portugal, Alemanha, Taiwan e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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